Notícia
Mísseis russos atingem Polónia. NATO vai reunir-se de emergência nesta quarta-feira
Duas pessoas morreram na Polónia, esta terça-feira, depois de dois mísseis russos atingirem o país.
Varsóvia fala em "míssil de fabrico russo" e convoca embaixador de Moscovo
"Um míssil fabricado na Rússia" atingiu a Polónia, anunciou o Ministério polaco dos Negócios Estrangeiros em comunicado, reconhecendo a origem, pelo menos de fabrico, do rocket.
A nota dá ainda conta de que o Ministério dos Negócios Estangeiros já convocou o embaixador russo na Polónia para uma reunião.
Por sua vez, o primeiro-ministro da polaco, Mateusz Morawiecki, apelou aos "cidadãos para manterem a calma" e acrescentou que o Governo decidiu reforçar o controlo do espaço aéreo.
Morawiecki reiterou ainda que as investigações continuam.
"Não tenho informações sobre esse assunto", diz Peskov
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse numa declaração por escrito que não tem informações sobre a explosão na Polónia.
"Infelizmente, não tenho qualquer informação sobre esse assunto", disse Peskov em resposta a uma pergunta colocada pela CNN.
No rescaldo do acidente, o Ministério russo da Defesa negou as alegações de que teria participado do caso, assegurando "que não foi realizado nenhum ataque contra alvos perto da fronteira entre a Ucrânia e a Polónia".
NATO confirma reunião esta quarta-feira em Bruxelas presidida por Stoltenberg
Fonte oficial da NATO confirmou que esta quarta-feira os embaixadores vão reunir-se em Bruxelas para discutir "o trágico incidente" que aconteceu na Polónia.
A informação avançada pela porta-voz da Aliança Atlântica, Oana Lungescu, confirma a notícia avançada pela Reuters, citando "fontes europeias" de que iria acontecer este encontro.
A porta-voz acrsscentou ainda que o encontro vai ser presidido pelo mais alto cargo da organização, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.
Downing Street investiga "com carácter de urgência" o que se passou na Polónia
Entre os líderes mundiais que já se pronunciaram sobre a que de dois mísseis na Polónia, já conta o nome do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak.
O chefe de Downing Street assegurou que o Reino Unido está a investigar, com carácter de urgência, os factos e que está a trabalhar "em coordenação com os nossos parceiros internacionais, incluindo a NATO".
I have just spoken with the Foreign Secretary and Defence Secretary.
— Rishi Sunak (@RishiSunak) November 15, 2022
We are urgently looking into reports of a missile strike in Poland and will support our allies as they establish what has happened.
We are also coordinating with our international partners, including NATO.
Zelensky e Biden já estiveram ao telefone com presidente polaco
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o líder norte-americano Joe Biden já estiveram ao telefone com o homólogo polaco, Andrzej Duda.
Biden realizou o telefonema a partir de Bali, onde está presente na reunião do G20, segundo a Casa Branca.
Também a vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, foi informada da situação. A Casa Branca assegura que os especialistas vão investigar esta situação "séria".
É preciso averiguar origem dos mísseis que caíram na Polónia, reconhece Costa
O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje que é preciso averiguar e esclarecer a queda de mísseis na Polónia, e que se deve evitar novos incidentes e construir a paz.
Leia mais aqui.
Charles Michel vai propor reunião de coordenação no G20 em Bali
O presidente do conselho europeu, Charles Michel, já falou com o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, e revelou que vai pedir uma reunião de coordenação do G20, em Bali, onde acontece esta terça e quarta-feira decorre uma cimeira com as 20 maiores economias mundiais.
Just spoke with @MorawieckiM.
— Charles Michel (@CharlesMichel) November 15, 2022
Assured him of full EU unity and solidarity in support of Poland.
I will propose a coordination meeting on Wednesday with EU leaders attending #G20 here in #Bali.
Embaixadores da NATO reunidos quarta-feira a pedido da Polónia
Os embaixadores da NATO vão estar reunidos esta quarta-feira a pedido da Polónia, com base no artigo 4.º, revelaram à Reuters dois diplomatas europeus.
Isto numa altura em que os Estados Unidos e a NATO, bem como a Polónia, vão continuando a investigar o incidente que envolveu uma explosão de dois mísseis russos.
Macron "já esteve em contacto com liderança polaca"
O presidente francês, Emmanuel Macron, "entrou em contacto com a liderança polaca e continua a ser informado da evolução da situação", assegurou fonte oficial do Palácio do Eliseu à CNN.
Por sua vez, fonte da Defesa do país explicou que está ser "extremamente cautelosa" , pelo que não serão feitos comentários até que as autoridades sejam capazes de "analisar todas as informações disponíveis".
"Estamos em contato próximo com as autoridades polacas", assegurou.
Também Itália garantiu, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que "está a acompanhar os desenvolvimentos na Polónia com máxima atenção". "Estamos com o povo polaco", acrescentou em comunicado.
Governo polaco fica em alerta e estuda se há razões para ativar artigo 4.º da NATO
O governo polaco acaba de anunciar as primeiras medidas após dois mísseis terem atingido território polaco. O porta-voz do Executivo, Piotr Muller, anunciou que o país está a aumentar a segurança e o nível de alerta das forças armadas e ainda a investigar a explosão. Isto depois de terminada a reunião de emergência com o comité governamental para assuntos de segurança e defesa nacional.
Muller fez-se acompanhar pelo diretor do gabinete de segurança nacional, Jacek Siewiera, que referiu que o presidente polaco já falou com o secretário-geral da NATO e que estão em contacto permanente com os aliados europeus e com os Estados Unidos, particularmente com Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional norte-americano.
"Estamos a investigar se há motivos para ativar o artigo 4.º da NATO", rematou Jacek Siewiera. Por agora, Varsóvia não considera que o incidente tenha sido um "ataque armado" - o que implicaria a ativação do artigo 5.º da NATO.
Entretanto, o diretor do gabinete de segurança nacional, revelou através de um tweet que o presidente da Polónia, Andrzej Duda, já falou ao telefone com Joe Biden, presidente dos EUA.
Ao mesmo tempo, de acordo com o El Pais, o presidente polaco convocou uma reunião do conselho de segurança nacional para quarta-feira - que, além de ministros e chefes dos serviços secretos, conta também com a presença dos presidentes de ambas as câmaras do parlamento, o líder de governo e a oposição.
(Atualizada às 22:08h)
Von der Leyen assegura que UE "está a acompanhar de perto a situação"
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, já reagiu no Twitter à queda de dois mísseis na Polónia.
"Estamos a acompanhar de perto a situação e estamos em contacto com as autoridades polacas, parceiros e aliados", assegurou Ursula Von der Leyen.
Anteriormente, a presidente na Comissão Europeia já tinha manifestado o sentimento de "alarme" e endereçado as condolências e solidariedade "à Polónia e aos nossos amigos ucranianos".
Neste primeiro tweet, a presidente da Comissão Europeia referiu-se diretamente "ao ataque massivo de mísseis russos contra cidades ucranianas", mas não atribuiu origem aos mísseis que caíram na Polónia.
We are closely monitoring the situation and are in touch with Polish authorities and partners and allies.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) November 15, 2022
Charles Michel mostra-se "chocado". Bruxelas "em contacto" com "aliados"
O presidente do Conselho da UE, Charles Michel, manifestou o sentimento de choque perante a queda de dois mísseis, alegadamente russos, em território polaco.
"[Estou] chocado com a notícia", escreveu no Twitter. "As minhas condolências às famílias. Estamos com a Polónia", acrescentou.
O presidente do Conselho da UE deu ainda conta de que está "em contacto com as autoridades polacas, os membros do Conselho Europeu e outros aliados".
Shocked by the news of a missile or other ammunition having killed people on Polish territory.
— Charles Michel (@CharlesMichel) November 15, 2022
My condolences to the families.
We stand with Poland.
I am in contact with Polish authorities, members of the European Council and other allies.@AndrzejDuda @MorawieckiM
Letónia reúne-se de urgência esta quarta-feira. Artigo 4.º pode vir a ser usado pelos países de Leste mais "ameaçados"
A Letónia convocou também uma reunião de emergência para esta quarta-feira para analisar a situação de segurança, anunciou o chefe do Executivo através de um tweet.
O primeiro-ministro, Krišjanis Karinš, refere ainda que a reunião tem como objetivo preparar o país para novos desenvolvimentos.
Ainda há minutos, o ministro da defesa da Letónia, Artis Pabrikis, afirmou, através da rede social Twitter, que "a primeira reação seria a de que, depois de os russos atingirem território polaco, o artigo 4.º deveria entrar em vigor, bem como a defesa aérea do espaço ucraniano".
My first reaction would be that after Russians hit Polish territory, 4. Article is in place, just like air defence of Ukrainian air.
— Artis Pabriks (@Pabriks) November 15, 2022
O artigo 4.º da NATO existe para quando um país se sente ameaçado por outro país ou uma organização terrorista e pode resultar numa resposta armada. As conversações junto da NATO iniciam-se a pedido do país ameaçado, eventualmente a Polónia, ou mesmo a Hungria e Letónia, e tem de se chegar a uma decisão de forma unânime para que haja uma ação efetiva.
"O terror não se limita às nossas fronteiras". Zelensky reage a queda de mísseis na Polónia
"O terror não se limita às nossas fronteiras". Foi assim que o presidente russo, Volodymyr Zelensky, reagiu à queda de dois mísseis em território polaco.
Até ao momento, nem a Polónia, nem a NATO nem o Departamento de Estado dos EUA confirmaram que os mísseis que caíram na Polónia são de origem russa.
NATO "está a investigar em estreita colaboração com a Polónia". Não adianta origem dos mísseis
A NATO está "a investigar" o ataque de dois mísseis a território polaco "em estreita coordenação com a aliada Polónia", segundo fonte oficial à cadeia britânica de televisão BBC.
Até agora, nem Varsóvia nem a NATO confirmaram a origem dos mísseis, alegadamente russos.
Euro e dólar oscilam após mísseis caírem em território polaco. Wall Street mantém-se no verde
Os mercados já reagem à notícia da queda de dois mísseis alegadamente russos em território polaco.
Wall Street mantém a tendência de arranque de sessão e segue a negociar no verde. O industrial Dow Jones soma 0,23% para 33.615,65 pontos, enquanto o S&P 500 ganha 0,98% para 3.996,09 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite cresce 1,66% para 11.381,69 pontos.
No mercado cambial, dólar e euro oscilam entre ganhos e perdas, enquanto o zloty, a moeda polaca, cai 0,30% para 0,2116 euros e sobe 0,13% para 0,2193 dólares. O petróleo sobe tanto em Londres como em Nova Iorque.
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Rússia reage e nega ataques. Afirma que notícias são uma "provocação deliberada"
Através de um comunicado do Ministério russo da Defesa, Moscovo já reagiu e nega que os seus mísseis tenham atravessado para a Polónia, referindo que o que está a ser noticiado é uma "provocação deliberada", noticia o britânico The Guardian.
"O que está a ser noticiado pelos media polacos e oficiais sobre a alegada queda de mísseis 'russos' na zona de Przewoduv é uma provocação deliberada para escalar a situação. Não houve ataques de mísseis russos perto da fronteira da Polónia com a Ucrânia. Os destroços publicados pelos media polacos da situação na vila de Przewoduv não tem nada a ver com armas russas", refere o documento.
"A Estónia está pronta para defender cada centímetro do território da NATO"
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Estónia classificou de preocupante a queda de alegados mísseis russos em território polaco.
"As mais recentes notícias vindas da Polónia são extremamente preocupantes. Estamos a contactar de perto a Polónia e os outros aliados".
"A Estónia está pronta para defender cada centímetro do território da NATO", escreveu o MNE da Estónia no Twitter.
Latest news from Poland is most concerning. We are consulting closely with Poland and other Allies. Estonia is ready to defend every inch of NATO territory. We’re in full solidarity with our close ally Poland
— Estonian MFA | #StandWithUkraine (@MFAestonia) November 15, 2022
"Estamos solidários para com a Polónia", acrescentou.
Artigo 5.º da NATO - como pode ser ativado?
Mal foi noticiada a possibilidade de mísseis russos terem atingido a Polónia, começou a falar-se um pouco por todos os media e redes sociais da possibilidade de acionamento do artigo 5.º da NATO. Mas, afinal, o que diz esse artigo?
"As Partes concordam em que um ataque armado contra uma ou várias delas na Europa ou na América do Norte será considerado um ataque a todas, e, consequentemente, concordam em que, se um tal ataque armado se verificar, cada uma, no exercício do direito de legítima defesa, individual ou coletiva, reconhecido pelo artigo 51.° da Carta das Nações Unidas, prestará assistência à Parte ou Partes assim atacadas, praticando sem demora, individualmente e de acordo com as restantes Partes, a ação que considerar necessária, inclusive o emprego da força armada, para restaurar e garantir a segurança na região do Atlântico Norte" - é o que se pode ler no Tratado do Atlântico Norte.
O procedimento será por parte da Polónia, que deverá reunir-se daqui a poucos minutos com o comité governamental para assuntos de segurança e defesa nacional e avaliar assim o que aconteceu.
Caso se confirme que foi um míssil russo, a informação será transmitida à NATO, que deve depois iniciar procedimentos internos, pedindo uma explicação à Rússia - é o que indica Kurt Volker, antigo embaixador dos EUA na NATO, à BBC.
Varsóvia dará mais detalhes após reunião de emergência
O Executivo polaco comprometeu-se ainda a avançar mais detalhes após a reunião de emergência.
Em declarações à CNN, as autoridades polacas explicaram que as investigações sobre os dois mísseis que caíram no seu território ainda estão em curso, pelo que ainda não foi nada confirmado.
Pentágono: "Vamos proteger todos os centímetros de territórios da NATO"
Também nos Estados Unidos, o Pentágono já reagiu e revela que não pode confirmar nem desmentir se terá sido efetivamente um míssil russo a cair em território polaco.
"Não quero especular no que toca à segurança comprometida e em relação ao artigo 5.º da NATO. Mas temos de tornar claro que vamos proteger todos os centímetros de território da NATO", disse o porta-voz do Pentágono, o general Patrick Ryder.
São as primeiras reações que surgem por parte dos Estados Unidos.
Conselho da Defesa reunido na Hungria
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, convocou uma reunião do Conselho da Defesa devido ao "fecho do oleoduto da Amizade e ao ataque à Polónia com mísseis".
O oleoduto da Amizade, onde foi detetada uma fuga no mês passado, é a principal rota de transporte de petróleo russo para vários países europeus.
Letónia condena
As reações já se começam a fazer ouvir.
O ministro letão da Defesa, Artis Pabriks, condenou o ataque, dizendo que "o criminoso regime russo disparou mísseis que visam não apenas civis ucranianos mas que também caíram em território da NATO, na Polónia".
Dois mortos na Polónia. A suspeita é que sejam dois mísseis russos
Duas pessoas morreram na Polónia, esta terça-feira, depois de dois mísseis alegadamente russos atingirem o país, que é membro da NATO.
A informação foi avançada pela Associated Press, citando um responsável dos serviços secretos norte-americanos.
Os mísseis caíram em Przewodów, junto à fronteira com a Ucrânia – que tem hoje estado a ser fustigada por ataques russos.
O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, e o presidente do país, Andrzej Duda, já convocaram entretanto uma reunião de emergência com o comité governamental para assuntos de segurança e defesa nacional.
BREAKING:
— Visegrád 24 (@visegrad24) November 15, 2022
2 Russian stray missiles have just hit a farm in Przewodów on the Polish side of the Polish-Ukrainian border, killing 2 Poles.
Polish PM Morawiecki & President Duda have summoned a crisis meeting of the National Security Bureau.
NATO article 5? pic.twitter.com/sDSoGMO6xP