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May pede adiamento do Brexit até 30 de junho

Governo britânico confia que será possível obter o apoio do parlamento para a saída do Reino Unido no curto prazo, apesar do acordo já ter sido recusado por três vezes.

Reuters
05 de Abril de 2019 às 09:11
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A primeira-ministra britânica voltou a pedir o adiamento da saída do Reino Unido da União Europeia para a data inicial de 30 de junho.

 

Theresa May resiste assim a solicitar um adiamento longo do Brexit, como pretendia a União Europeia, acreditando que será possível selar um acordo no parlamento britânico.

 

"O Reino Unido propõe que este período termine a 30 de junho", refere a carta que May endereçou ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

O objetivo que o Governo britânico tem ainda em cima da mesa passa por conseguir aprovar os procedimentos que permitam a "saída da União Europeia a 23 de maio de 2019 e nesse sentido cancelar [a participação nas]  eleições para o Parlamento Europeu". Contudo, May diz que o Reino Unido participará nas eleições "se não for possível" implementar o Brexit até essa data.

 
Tusk quer prazo "fléxivel" 

30 de junho foi a primeira data pedida por Theresa May quando formulou o pedido inicial de extensão do artigo 50.º do Tratado de Lisboa (29 de março era a data inicialmente prevista). 

A União Europeia recusou devido às eleições para o Parlamento Europeu, pelo que o prazo concedido foi mais curto. Atualmente o Reino Unido está submetido a um prazo que termina a 12 de abril para apresentar novas propostas para o 'Brexit' ou sair sem acordo, sendo que este cenário parece cada vez menos provável.

 

O acordo celebrado entre May e a União Europeia já foi chumbado por três vezes, mas a primeira-ministra está agora em negociações com o líder dos trabalhistas, Jeremy Corbyn, com o objetivo de formar uma maioria do Parlamento que seja suficiente para o acordo ser finalmente aprovado.

 

Foi depois deste terceiro chumbo, na semana passada, que May revelou a necessidade de solicitar um novo adiamento do Brexit, que foi formalizado esta sexta-feira em carta enviada ao presidente do Conselho Europeu.

 

Segundo a BBC, Donald Tusk mostra-se a favor de conceder ao Reino Unido um adiamento "flexível" do 'Brexit' por 12 meses, pois esta solução permitiria ao Reino Unido sair da União Europeia assim que o parlamento britânico ratificar o acordo de saída. Esta proposta de adiamento "fléxivel", que terá que ser aprovada por todos os estados-membros da UE, deverá ser discutida na cimeira europeia que foi convocada para 10 de abril, pecisamente para discutir o Brexit. 

Uma fonte comunitária explicou à Reuters que um adiamento por 12 meses permitirá ao Reino Unido ter o "tempo necessário" para "repensar a sua estratégia para o Brexit", sem necessidade de fazermais pedidos de extenção de prazos.

Esta quinta-feira decorreram reuniões ao nível técnico entre as equipas do Partido Conservador e do Partido Trabalhista, isto depois de na quarta-feira o encontro entre May e Corbyn ter sido "inconclusivo" quanto ao caminho a seguir. Os líderes dos dois maiores partidos britânicos devem voltar a reunir-se esta sexta-feira.

(notícia atualizada às 9:40 com mais informação)

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