Notícia
Abertura dos mercados: Petróleo com maior ciclo de ganhos semanais desde 2017. Juros da dívida portuguesa sobem antes da DBRS
A cotação do barril continua a valorização iniciada no início deste ano, acumulando cinco semanas positivas. Os juros da dívida portuguesa estão a subir na sessão que antecede a avaliação por parte da DBRS.
Mercados em números
PSI-20 desvaloriza 0,41% para os 5.296,05 pontos
Stoxx600 sobe 0,11% para os 388,28 pontos
Nikkei subiu 0,38% para os 21.807,50 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1,2 pontos base para 1,271%
Euro avança 0,06% para 1,1228 dólares
Petróleo desce 0,17% para os 69,27 dólares por barril, em Londres
Bolsas europeias voltam às subidas
As bolsas europeias estão a negociar em alta na sessão desta sexta-feira, 5 de abril, depois da queda ligeira de ontem. A negociação bolsista da Europa está a beneficiar das mais recentes notícias em relação à disputa comercial entre os EUA e a China. A reunião de ontem entre o presidente norte-americano e o vice-primeiro-ministro chinês deu indicações positivas sobre o futuro da relação comercial dos dois país.
Por um lado, Donald Trump antecipou que o acordo deverá ser assinado nas próximas quatro semanas. Por outro lado, os responsáveis chineses falaram em "consenso" no texto final e de "progresso significativo" nas negociações entre os dois países. "Estamos muito perto de assinar um acordo. Os progressos estão a ser muito rápidos (…) Há boas hipóteses de que isso (a assinatura de um acordo) aconteça e isso seria muito bom para toda a gente", afirmou o Presidente dos Estados Unidos na sala oval, na presença do líder da equipa negocial chinesa, o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He.
No centro das atenções vai estar também o relatório do emprego nos EUA, que será publicado às 13:30 (hora de Lisboa) e dará novas pistas sobre o estado da maior economia do mundo.
Além disso, ao contrário do que aconteceu ontem, os dados económicos divulgados hoje para a Alemanha foram positivos. A produção industrial cresceu 0,8% em fevereiro, acima do esperado, com o contributo decisivo do setor da construção. "Embora este dado isoladamente não altere a conjuntura desfavorável da economia alemã, poderá pelo menos diminuir os receios dos investidores em relação à mesma", admitiam os analistas do BPI no comentário de bolsa.
Assim, o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas, sobe 0,11% para os 388,28 pontos, negociando próximo de máximos de agosto do ano passado. A maior parte das praças europeias segue em alta com a exceção do índice lisboeta. O PSI-20 desvaloriza 0,41% para os 5.296,05 pontos, acumulando duas sessões negativas após ter subido durante sete sessões consecutivas.
Juros da dívida portuguesa sobem antes da DBRS
Os juros da dívida nacional a dez anos estão a subir 1,2 pontos base para os 1,271%, afastando-se dos mínimos históricos alcançados nas últimas semanas. Esta subida acontece no dia em que a DBRS - que foi a agência de rating que manteve Portugal sempre no nível acima do "lixo", ao contrário da Fitch, da S&P e da Moody's - deverá pronunciar-se sobre o rating da República.
Esta avaliação acontece três semanas depois de a Standard & Poor's ter subido o "rating" de Portugal para dois níveis acima do "lixo".
Libra sobe com novo pedido de adiamento do Brexit
A libra está a subir 0,11% numa altura em que já se sabe que Theresa May pediu novamente ao Conselho Europeu para prolongar o Brexit até dia 30 de junho. O mesmo pedido já tinha sido feito anteriormente, tendo sido rejeitado pelos chefes de Estado no que toca às datas: fixaram 12 de abril como a data de saída caso o acordo não fosse aprovado no Parlamento britânico, o que veio a concretizar-se, e 23 de maio, caso o acordo fosse aprovado. Agora surge uma nova tentativa do Reino Unido de evitar uma saída sem acordo com mais um prolongamento relativamente curto.
O euro sobe 0,06% para os 1,1228 dólares.
Petróleo com maior ciclo de ganhos semanais desde 2017
O "ouro negro" está a caminho de concluir o maior ciclo de ganhos semanais desde novembro de 2017 ao ter acumulado cinco semanas consecutivas de valorizações numa altura em que a queda da produção continua a sustentar a cotação do barril.
Tanto a diminuição da produção venezuelana por causa da crise económica e política do país como a redução da produção acordada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) tem sustentado a subida gradual do petróleo nos mercados internacionais.
Além disso, as notícias positivas sobre a resolução da disputa comercial entre os EUA e a China podem beneficiar o petróleo no sentido em que contribui para reverter a desaceleração económica que se sente a nível mundial. Com a economia a crescer a um ritmo mais elevado haverá maior procura por petróleo e, perante uma oferta menor, a cotação do barril subirá, tal como pretendem os países da OPEP.
Quem não gosta dessa estratégia são os Estados Unidos que querem manter os preços baixos. A produção norte-americana tem vindo a subir, refletindo-se num aumento das reservas de crude, segundo os dados divulgados ontem.
O crude, negociado em Nova Iorque, regista uma subida de 0,11% para os 62,16 dólares, acumulando uma valorização semanal de 3,36%. Já o Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, está a cair 0,17% para os 69,27 dólares.
Platina com maior valorização em dois anos
A platina está a caminho do maior ganho semanal (6,39%) em dois anos, fruto do aumento do interesse dos investidores. Ao mesmo tempo, as greves na África do Sul, o maior produtor do mundo, podem ter um impacto potencial na oferta do metal. A cotação está a subir 0,51% para os 903,38 dólares por onça, acumulando quatro semanas consecutivas de subidas.
A platina é usada nos catalisadores dos carros a gasolina, num contexto de maior exigência de corte de emissões poluentes, e em jóias. Em 2018, a cotação da platina tinha desvalorizado 14%. A procura de platina por parte dos ETF ("exchange-traded funds") atingiu máximos históricos em 2019.
Já o paládio está a caminho da segunda queda semanal depois de ter atingido um valor recorde a 21 de março.
PSI-20 desvaloriza 0,41% para os 5.296,05 pontos
Stoxx600 sobe 0,11% para os 388,28 pontos
Nikkei subiu 0,38% para os 21.807,50 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1,2 pontos base para 1,271%
Euro avança 0,06% para 1,1228 dólares
Petróleo desce 0,17% para os 69,27 dólares por barril, em Londres
Bolsas europeias voltam às subidas
As bolsas europeias estão a negociar em alta na sessão desta sexta-feira, 5 de abril, depois da queda ligeira de ontem. A negociação bolsista da Europa está a beneficiar das mais recentes notícias em relação à disputa comercial entre os EUA e a China. A reunião de ontem entre o presidente norte-americano e o vice-primeiro-ministro chinês deu indicações positivas sobre o futuro da relação comercial dos dois país.
No centro das atenções vai estar também o relatório do emprego nos EUA, que será publicado às 13:30 (hora de Lisboa) e dará novas pistas sobre o estado da maior economia do mundo.
Além disso, ao contrário do que aconteceu ontem, os dados económicos divulgados hoje para a Alemanha foram positivos. A produção industrial cresceu 0,8% em fevereiro, acima do esperado, com o contributo decisivo do setor da construção. "Embora este dado isoladamente não altere a conjuntura desfavorável da economia alemã, poderá pelo menos diminuir os receios dos investidores em relação à mesma", admitiam os analistas do BPI no comentário de bolsa.
Assim, o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas, sobe 0,11% para os 388,28 pontos, negociando próximo de máximos de agosto do ano passado. A maior parte das praças europeias segue em alta com a exceção do índice lisboeta. O PSI-20 desvaloriza 0,41% para os 5.296,05 pontos, acumulando duas sessões negativas após ter subido durante sete sessões consecutivas.
Juros da dívida portuguesa sobem antes da DBRS
Os juros da dívida nacional a dez anos estão a subir 1,2 pontos base para os 1,271%, afastando-se dos mínimos históricos alcançados nas últimas semanas. Esta subida acontece no dia em que a DBRS - que foi a agência de rating que manteve Portugal sempre no nível acima do "lixo", ao contrário da Fitch, da S&P e da Moody's - deverá pronunciar-se sobre o rating da República.
Esta avaliação acontece três semanas depois de a Standard & Poor's ter subido o "rating" de Portugal para dois níveis acima do "lixo".
Libra sobe com novo pedido de adiamento do Brexit
A libra está a subir 0,11% numa altura em que já se sabe que Theresa May pediu novamente ao Conselho Europeu para prolongar o Brexit até dia 30 de junho. O mesmo pedido já tinha sido feito anteriormente, tendo sido rejeitado pelos chefes de Estado no que toca às datas: fixaram 12 de abril como a data de saída caso o acordo não fosse aprovado no Parlamento britânico, o que veio a concretizar-se, e 23 de maio, caso o acordo fosse aprovado. Agora surge uma nova tentativa do Reino Unido de evitar uma saída sem acordo com mais um prolongamento relativamente curto.
O euro sobe 0,06% para os 1,1228 dólares.
Petróleo com maior ciclo de ganhos semanais desde 2017
O "ouro negro" está a caminho de concluir o maior ciclo de ganhos semanais desde novembro de 2017 ao ter acumulado cinco semanas consecutivas de valorizações numa altura em que a queda da produção continua a sustentar a cotação do barril.
Tanto a diminuição da produção venezuelana por causa da crise económica e política do país como a redução da produção acordada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) tem sustentado a subida gradual do petróleo nos mercados internacionais.
Além disso, as notícias positivas sobre a resolução da disputa comercial entre os EUA e a China podem beneficiar o petróleo no sentido em que contribui para reverter a desaceleração económica que se sente a nível mundial. Com a economia a crescer a um ritmo mais elevado haverá maior procura por petróleo e, perante uma oferta menor, a cotação do barril subirá, tal como pretendem os países da OPEP.
Quem não gosta dessa estratégia são os Estados Unidos que querem manter os preços baixos. A produção norte-americana tem vindo a subir, refletindo-se num aumento das reservas de crude, segundo os dados divulgados ontem.
O crude, negociado em Nova Iorque, regista uma subida de 0,11% para os 62,16 dólares, acumulando uma valorização semanal de 3,36%. Já o Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, está a cair 0,17% para os 69,27 dólares.
Platina com maior valorização em dois anos
A platina está a caminho do maior ganho semanal (6,39%) em dois anos, fruto do aumento do interesse dos investidores. Ao mesmo tempo, as greves na África do Sul, o maior produtor do mundo, podem ter um impacto potencial na oferta do metal. A cotação está a subir 0,51% para os 903,38 dólares por onça, acumulando quatro semanas consecutivas de subidas.
A platina é usada nos catalisadores dos carros a gasolina, num contexto de maior exigência de corte de emissões poluentes, e em jóias. Em 2018, a cotação da platina tinha desvalorizado 14%. A procura de platina por parte dos ETF ("exchange-traded funds") atingiu máximos históricos em 2019.
Já o paládio está a caminho da segunda queda semanal depois de ter atingido um valor recorde a 21 de março.