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Juncker propõe ministro da Economia e Finanças da UE
Ministro da Economia e das Finanças não teria poder sobre os orçamentos nacionais, mas coordenaria políticas estruturais e todo o financiamento europeu, lideraria o Eurogrupo e seria o Comissário para os assuntos Económicos e Financeiros.
No seu penúltimo discurso do "Estado da União" perante o Parlamento Europeu Jean-Claude Juncker opôs-se a uma Europa a várias velocidades, defendeu que o euro será a prazo a moeda de todos os Estados-membros da UE, e propôs medidas para promover mais agilidade e eficácia nos sistemas de decisão e implementação de políticas. Nomeadamente, criando um ministro da Economia e Finanças – que acumule o cargo com o de presidente do Eurogrupo e de Comissário dos Assuntos Económicos e Financeiros –; fundindo a liderança do Conselho da UE com o da Comissão Europeia para que haja apenas um presidente da União; e usando mais vezes decisões por maioria qualificada.
Num discurso que já tinha dito que considerava o mais importante do resto do seu mandato, que termina em 2019, Jean–Claude Juncker destacou cinco propostas urgentes para implementação até lá, estabeleceu os três princípios fundamentais sobre os quais se deve aprofundar e alargar a União Europeia, e expôs a sua visão para o futuro a médio prazo da União Europeia.
O discurso ficou também marcado pela insistência num profundamento e alargamento da União assente numa Europa inflexível na defesa da Lei e do Estado de direito enquanto elementos centrais da construção europeia, sinais de aviso à Turquia, mas também à Hungria.
"O vento está a bater nas velas da Europa. Temos uma janela de oportunidade, mas que não ficará aberta para sempre. Vamos fazer o máximo deste momento e apanhar o vento nas novas velas", afirmou, sublinhando a melhoria económica na região, traduzida por exemplo nos desemprego em mínimo de 9 anos, para depois expor princípios e prioridades de curto e médio prazo.
Entre "as cinco propostas "particularmente importantes" de Juncker para o próximo ano" afectam os acordos de comércio com Japão, México, Austrália e Nova Zelândia, políticas de desenvolvimento industrial e descarbonização, a promoção da segurança cibernética, o combate às alterações climáticas e as políticas de gestão de fluxos migratórios e de refugiados.
(Notícia em actualização)