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Itália assegura cumprimento dos 3% de défice

O primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, garantiu que Itália conseguirá um défice abaixo de 3% do PIB, apesar da latente crise política e de as expectativas económicas não serem as melhores.

13 de Setembro de 2013 às 18:31
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O primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, garantiu que Itália conseguirá um défice abaixo de 3% do PIB, apesar da latente crise política e de as expectativas económicas não serem as melhores.

 

Na Lituânia, onde decorre um encontro informal do Ecofin, conselho para questões económicas e financeiras da União Europeia, Enrico Letta demonstrou esta sexta-feira confiança na capacidade da economia italiana. Depois de o Banco Central Europeu ter, na passada quinta-feira, salientado o “risco crescente de incumprimento” da meta estabelecida de um défice de 2,9% do PIB, Letta apressou-se a confirmar o cumprimento deste objectivo. “Não vamos ultrapassar os 3% na relação entre o défice e o PIB”, prometeu.

 

O comissário dos Assuntos Económicos da Comissão Europeia, Olli Rehn, reconheceu que apesar de Itália “ter passado por alguma turbulência política” agora está “concentrada nas reformas económicas”, tendo ainda sublinhado a importância “da estabilidade política”, num momento em que o governo liderado por Letta, em coligação com o PdL de Silvio Berlusconi, corre o risco de cair.

 

Rehn contextualizou a situação da Zona Euro da seguinte forma: “Estamos num ponto de viragem da economia da Eurozona, os dados do PIB no segundo trimestre superaram as expectativas, vamos ter um crescimento mais estável nos próximos meses, mas dizer que a crise terminou é ainda prematuro, até porque muitos países ainda terão de executar as reformas necessárias”, preveniu.

 

A preocupação das instâncias europeias está relacionada com o facto de a economia italiana ter caído 0,2% no segundo trimestre, comparativamente com o resultado atingido no final dos primeiros três meses de 2013.

 

Como referiu Olli Rehn, a situação, apesar dos bons indicadores, não está estabilizada. Ainda na última quarta-feira o governo francês anunciou um crescimento de 0,9% do PIB, face aos 1,2% inicialmente previstos. O défice em relação ao PIB, que este ano deveria ser de 3,7%, foi entretanto revisto para 4,1% e a consolidação orçamental para 2014 foi, também, revista em baixa.

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