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Há ano e meio que o ritmo de crescimento da Zona Euro não era tão baixo

A primeira estimativa do indicador da IHS Markit de Maio não traz boas notícias para a economia europeia. O PMI não era tão baixo há 18 meses.

23 de Maio de 2018 às 10:26
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O segundo trimestre deste ano continua a não trazer boas notícias para a economia europeia. Depois de uma desaceleração no arranque do ano, há mais um indicador a apontar para uma continuidade da tendência descendente. O índice compósito de gestores de compras (PMI) da IHS Markit de Maio, divulgado esta quarta-feira, dia 23 de Maio, voltou a cair. Este indicador está em mínimos de 18 meses. 

Este mês o indicador fixou-se nos 54,1 pontos, menos um ponto do que em Abril (55,1). Isto significa que, apesar de se manter acima dos 50 pontos (expansão económica), o ritmo de crescimento da actividade económica na Zona Euro está a travar significativamente. Tal como mostra o gráfico, essa desaceleração tem sido visível há quatro meses consecutivos. 

De acordo com o economista-chefe da IHS Markit, Chris Williamson, os números de Maio foram afectados por um "pouco usual elevado número de feriados" na Europa, o que permitiu fazer pontes e ter fins de semana prolongados. Para se retirar mais conclusões sobre o andamento da economia europeia, Williamson recomenda que se espere pelos dados de Junho, "que irão dar um sinal claro do actual crescimento subjacente". 

O crescimento deteriorou-se tanto nos serviços como na indústria. A desaceleração sentiu-se especialmente em grandes economias europeias como a de França e a da Alemanha. As empresas exportadoras foram as mais afectadas uma vez que o crescimento das exportações em Maio foi o mais baixo desde Agosto, antecipa a IHS Markit.

"O PMI de Maio trouxe novamente um conjunto de resultados desapontantes, mas, mais uma vez, é preciso cautela na interpretação destes dados", avisa Chris Williamson. Ainda assim, o economista-chefe da IHS Markit considera que não existem dúvidas de que o crescimento económico abrandou face ao ano passado, "especialmente em relação às exportações", devido ao aumento dos preços do petróleo e a pressão de subida dos salários.
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