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Economia da Zona Euro surpreende pela positiva em Junho

O PMI de Junho trouxe boas notícias, após meses de desaceleração contínua. Ainda assim, a Markit olha para esta surpresa como um regresso ao normal depois dos feriados nos meses anteriores.

Bloomberg
22 de Junho de 2018 às 10:08
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O ritmo de crescimento da economia europeia aumentou de forma inesperada em Junho. Ainda que existam sinais de preocupação, é de destacar este sinal que contraria a tendência de desaceleração que se tem vindo a verificar. Em causa está o índice compósito de gestores de compras (PMI) da IHS Markit de Junho, divulgado esta sexta-feira, dia 22 de Junho, que aumentou dos 54,1 para os 54,8 pontos.

Em Maio este indicador atingiu mínimos de 18 meses, mas dá agora sinais de que a desaceleração da Zona Euro pode não ser tão pronunciada. Ou, pelo menos, que será mais equilibrada. Os analistas consultados pela Bloomberg esperavam uma nova queda do PMI pelo que este aumento é uma surpresa pela positiva. 

A justificar esta subida está o crescimento do sector dos serviços, que atingiu o valor mais elevado dos últimos quatro meses. Isto porque do lado da indústria continua a sentir-se uma desaceleração: o PMI deste sector está em mínimos de 18 meses. 

"Ainda que os dados de Junho nos dê alguma esperança de que o enfraquecimento dos dados oficiais do início do ano tenham exagerado a desaceleração da região, os riscos mantêm-se inclinados para uma continuação da desaceleração no segundo semestre do ano", antecipa Chris Williamson.

Para o chefe-economista da Markit este aumento surpreendente em Junho é uma correcção face aos meses anteriores em que houve vários feriados e mau tempo. 

A média do PMI no segundo trimestre dá uma boa imagem deste alerta: foi de 54,7 pontos, o valor mais fraco desde o final de 2016.

Ainda assim, de acordo com Williamson, a previsão para o crescimento em cadeia do PIB da Zona Euro no segundo trimestre do ano é de 0,5%, acima dos 0,4% registados no primeiro trimestre.

Além da actividade económica, os preços também estão a subir, aproximando-se de máximos de sete anos, por causa do aumento dos preços do petróleo e das matérias-primas não transformadas. A Markit vê também os salários a subir, "em parte reflectindo os constrangimentos do mercado de trabalho em algumas partes da região".
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