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Crescimento da actividade da Zona Euro em mínimos de Janeiro de 2017

O PMI da IHS Markit de Abril foi o mais baixo desde Janeiro de 2017. Este indicador junta-se a outros que antecipam a mesma tendência.

Reuters
04 de Maio de 2018 às 11:19
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Há mais um indicador a antecipar a desaceleração da economia europeia este ano. Depois de em 2017 ter atingido o maior crescimento numa década, a Zona Euro está numa trajectória descendente. O índice compósito de gestores de compras (PMI) da IHS Markit de Abril caiu para o nível mais baixo desde Janeiro do ano passado.


Acumulam-se os indicadores de que a economia dos países da moeda única vai arrefecer em 2018. Depois de os indicadores de sentimento económico e de clima de negócios da Zona Euro recomendarem cautela, esta sexta-feira a IHS Markit divulgou o índice compósito de gestores de compras (PMI) de Abril que ficou abaixo da estimativa rápida.


A IHS Markit assinala que "a actividade económica da Zona Euro continuou a expandir-se a uma ritmo robusto em Abril, com um crescimento sólido sinalizado tanto na indústria como no sector dos serviços". "Contudo, o crescimento tem desacelerado nos últimos anos", admite, referindo que Abril foi o pior mês desde Janeiro de 2017.


Relativamente aos Estados-membros, o índice desceu em países como a Alemanha, a Itália e Espanha, enquanto França registou uma subida. "Mais alguma deterioração [dos indicadores económicos] pode ser um prenúncio de novos problemas para os decisores políticos relativamente ao outlook da economia", destaca o economista-chefe da IHS Markit, Chris Williamson.


Ainda assim, não há razões para alarme. O índice situou-se nos 55,1 pontos, o que, ao estar acima da linha dos 50, significa que continua a expansão económica. A diferença entre a estimativa inicial de 55,2 e a final deve-se à queda mais significativa nos serviços face ao esperado pela IHS Markit.


As instituições europeias não parecem estar preocupadas, pelo menos para já. Esta quinta-feira a Comissão Europeia actualizou as suas previsões económicas, mas não reviu em baixa o crescimento para a Zona Euro e União Europeia, apesar de alertar para os riscos das disputas comerciais.


Já esta sexta-feira, o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Vítor Constâncio, garantiu que "a Zona Euro está muito mais resiliente aos possíveis choques financeiros externos". Num discurso em Malta, citado pela Bloomberg, Constâncio indicou que o actual andamento da economia é "uma fonte de optimismo para o futuro imediato". O BCE volta a reunir a 14 de Junho.

 
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