Notícia
Governo da Irlanda enfrenta moção de censura da oposição
A oposição na Irlanda anunciou hoje a apresentação de uma moção de censura que pode fazer cair o Governo, a três semanas de uma cimeira europeia decisiva sobre o estatuto da fronteira com a Irlanda do Norte após o 'Brexit'.
24 de Novembro de 2017 às 16:47
O principal partido da oposição, o Fianna Fail (centrista), anunciou hoje que vai apresentar na próxima semana uma moção de censura contra a vice-primeira-ministra Frances Fitzgerald pelo seu envolvimento num escândalo de corrupção na polícia.
A oposição acusa um governo anterior, em que Fitzgerald era ministra da Justiça, de não ter defendido e protegido o homem que denunciou dezenas de casos de corrupção na polícia.
Se Fitzgerald se demitir, assegurou o líder do Fianna Fail, Michael Martin, o partido não apresenta a moção de censura.
O primeiro-ministro, Leo Varadkar (na foto), e o seu partido, o Fine Gael (conservador), defendem a vice-primeira-ministra, mas o governo é minoritário no parlamento e depende do Fianna Fail para governar.
Se a moção de censura for aprovada, a Irlanda terá de realizar eleições antecipadas.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Simon Coveney, acusou o Fianna Fail de se "comportar irresponsavelmente" numa altura decisiva para o país.
"A Irlanda não precisa de eleições agora. Há questões extremamente sérias de interesse nacional que o governo tem de gerir", disse o ministro à imprensa em Bruxelas.
Os líderes da União Europeia (UE) vão reunir-se em cimeira a 14 e 15 de Dezembro para avaliar se houve progressos suficientes nas negociações para a saída do Reino Unido, o 'Brexit', que permitam passar à segunda fase, sobre a futura relação comercial e o período de transição.
A Irlanda ameaça bloquear a passagem à segunda fase se até lá o Reino Unido não der garantias de que a fronteira entre a Irlanda e a Irlanda Norte se mantém aberta, livre de alfândegas ou outras barreiras.
Após o 'Brexit', a fronteira de 500 quilómetros será a única fronteira terrestre do Reino Unido com outro país.
Qualquer entrave ao movimento de pessoas e bens pode ter implicações graves para a economia dos dois lados e para o processo de paz na Irlanda do Norte.
A oposição acusa um governo anterior, em que Fitzgerald era ministra da Justiça, de não ter defendido e protegido o homem que denunciou dezenas de casos de corrupção na polícia.
O primeiro-ministro, Leo Varadkar (na foto), e o seu partido, o Fine Gael (conservador), defendem a vice-primeira-ministra, mas o governo é minoritário no parlamento e depende do Fianna Fail para governar.
Se a moção de censura for aprovada, a Irlanda terá de realizar eleições antecipadas.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Simon Coveney, acusou o Fianna Fail de se "comportar irresponsavelmente" numa altura decisiva para o país.
"A Irlanda não precisa de eleições agora. Há questões extremamente sérias de interesse nacional que o governo tem de gerir", disse o ministro à imprensa em Bruxelas.
Os líderes da União Europeia (UE) vão reunir-se em cimeira a 14 e 15 de Dezembro para avaliar se houve progressos suficientes nas negociações para a saída do Reino Unido, o 'Brexit', que permitam passar à segunda fase, sobre a futura relação comercial e o período de transição.
A Irlanda ameaça bloquear a passagem à segunda fase se até lá o Reino Unido não der garantias de que a fronteira entre a Irlanda e a Irlanda Norte se mantém aberta, livre de alfândegas ou outras barreiras.
Após o 'Brexit', a fronteira de 500 quilómetros será a única fronteira terrestre do Reino Unido com outro país.
Qualquer entrave ao movimento de pessoas e bens pode ter implicações graves para a economia dos dois lados e para o processo de paz na Irlanda do Norte.