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Governo britânico descarta possibilidade de segundo referendo ao 'Brexit'

"Os britânicos votaram para sair da União Europeia (UE) e não haverá um segundo referendo em nenhuma circunstância", afirmou um porta-voz de Downing Street, gabinete oficial da primeira-ministra, Theresa May.

Donald Trump não é fã do projecto do euro, nem da União Europeia. Tem sido elogioso do Brexit e disse mesmo esperar que outros países sigam o mesmo caminho. Uma opinião partilhada pelo homem apontado na imprensa como o próximo embaixador dos EUA na União Europeia. Ted Malloch afirmou numa entrevista à BBC que o melhor investimento que se pode fazer em 2017 é 'apostar na queda do euro', antecipando o colapso da moeda única. Disse também que, depois de ter ajudado a desmembrar a União Soviética, poderá fazer o mesmo em relação à União Europeia. Malloch não foi ainda confirmado.
reuters
16 de Julho de 2018 às 19:44
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O Governo britânico descartou hoje a possibilidade da realização de um segundo referendo ao 'Brexit', em resposta ao apelo da antiga ministra da Educação britânica, Justine Greening, afirmando que tal não acontecerá "em nenhuma circunstância".

 

"Os britânicos votaram para sair da União Europeia (UE) e não haverá um segundo referendo em nenhuma circunstância", afirmou um porta-voz de Downing Street, gabinete oficial da primeira-ministra, Theresa May.

 

O porta-voz fez notar a clareza as declarações feitas por May, que assinalou que o documento produzido em reunião, no passado dia 06 de Julho, em Chequers Court, arredores de Londres, "cumpre a vontade dos cidadãos", expressa no referendo realizado em 23 de Junho de 2016, em que 51,9% dos eleitores votou pela saída da UE.

 

"A proposta de Chequers é a única forma que nos permite chegar a um acordo sem atritos na fronteira entra a UE e o Reino Unido, resolver o problema fronteiriço da Irlanda do Norte e assegurar que podemos alcançar acordos de livre comércio com todo o mundo", disse o porta-voz.

 

Num artigo publicado no jornal The Times, Greening criticou a proposta, que inclui a criação de um mercado comum de bens da comunidade britânica, harmonizado a nível normativo e aduaneiro.

"Vamos arrastar da UE os que apoiaram a permanência, com um acordo que significa continuar a cumprir muitas das regras da UE, mas agora sem uma voz na sua formação", escreveu Greening, que defendeu a permanência na UE durante a campanha de 2016.

 

Para a antiga ministra, que em Janeiro apresentou a demissão do Governo por recusar trocar de pasta em remodelação governamental, a decisão final não deveria estar nas mãos de políticos "bloqueados", mas que deveria ser "devolvida às pessoas".

 

O porta-voz do Governo acrescentou ainda que as negociações sobre o acordo de saída e as futuras relações com o bloco comunitário "foram retomadas de forma oficial esta segunda-feira em Bruxelas", mantendo-se prevista a reunião entre o novo negociador britânico nomeado pela primeira-ministra Theresa May, Dominic Raab, e o negociador-chefe do lado da União Europeia, Michel Barnier.

 

O plano defendido por May, que põe fim à livre circulação de pessoas e cria de um novo sistema de controlo da imigração, garante, segundo o Governo britânico, o respeito pelo resultado do referendo, pois o parlamento britânico mantém o direito de decidir sobre a legislação a aprovar e as respectivas consequências para o relacionamento com a UE.

 

A apresentação da proposta resultou nas demissões do negociador britânico, Davis Davis, e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, em desacordo com a forma como estão a decorrer as negociações para a concretização da saída do Reino Unido da UE.

 

Raab, que apresentou o documento com as propostas detalhadas para um relacionamento futuro entre o Reino Unido e a União Europeia na passada quinta-feira, garantiu que se trata de uma proposta "pragmática" e que permitirá manter a continuação de trocas comerciais sem atrito nas fronteiras, quando o país deixar a UE no dia 29 de março de 2019.

 

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