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Fumo branco na crise dos camionistas em Espanha. Sánchez promete acordo ainda esta semana

A medida do Executivo espanhol de conceder uma ajuda direta de 500 milhões de euros não foi suficiente para acalmar o setor do transporte que ainda enche as ruas em protesto contra a subida dos combustíveis. Sanchéz já tem uma bateria de medidas no bolso.

23 de Março de 2022 às 09:47
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O Governo espanhol, liderado por Pedro Sánchez, está confiante de que irá conseguir chegar a um acordo com os camionistas que protestam contra a subida dos preços dos combustíveis já esta semana, revelou o primeiro-ministro, respondendo a uma questão durante uma sessão plenária no parlamento espanhol.

"Estou convencido de que vamos chegar a um acordo esta semana com o setor de transportes para encontrar uma solução e amortecer o aumento do preço do gasóleo, assim como vamos fazer um grande plano em conjunto para responder às consequências da guerra na Ucrânia e aprová-los no dia 29 de março", assegurou Sánchez.

O governo espanhol está a negociar com Bruxelas uma bateria de medidas para mitigar o impacto do aumento dos combustíveis no setor dos transportes. O protagonista do elenco destes novos instrumentos é a imposição de um limite à majoração dos preços.

A ministra dos Transportes, Raquel Sánchez, pediu ontem, em entrevista à Telecinco, a confiança do setor e exigiu o regresso à atividade dos milhares de camiões que foram parados durante nove dias, para serem mobilizados para um protesto contra a escalada dos preços do gasóleo e da gasolina.

"Estamos muito conscientes das reivindicações do setor, portanto, peço um voto de confiança", apelou Raquel Sánchez, que garantiu ainda que as medidas aplicadas a partir do próximo mês serão "eficazes".

A medida do Executivo espanhol de conceder uma ajuda direta de 500 milhões de euros não foi suficiente para acalmar os camionistas que paralisaram as cadeias de abastecimento em todo o país, contestando o combustível e exigindo melhores condições de trabalho. Esta crise já levou as gigantes Danone e Heineken a alertarem que podem ter que interromper as operações e a distribuição em Espanha.

Segundo o diário espanhol, para além do transporte de cargas, as associações pertencentes ao segmento do transporte de passageiros, como "táxis, veículos alugados, empresas de ambulâncias e autocarros comuns" também já se juntaram às manifestações.
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