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François Bayrou é o novo primeiro-ministro de França
O Presidente francês anunciou esta sexta-feira de manhã que François Bayrou assumiria o cargo de chefe do Governo do país. O líder do partido Movimento Democrático, da ala centrista , é considerado próximo de Emmanuel Macron.
Está desfeito o impasse. Emmanuel Macron nomeou François Bayrou para o cargo de primeiro-ministro de França. O anúncio foi feito esta manhã após uma reunião de cerca de duas horas no palácio do Eliseu.
Considerado um aliado próximo do presidente francês, o líder do partido de centro Movimento Democrático, era já apontado como um favorito. Bayrou, 73 anos, é um veterano, centrista e será o 4º primeiro-ministro do país este ano - e o 6º desde que Macron chegou ao Eliseu -, numa altura em que a França se debate com crescentes problemas na sua economia.
Concorreu às eleições presidenciais francesas por três vezes e em 2017 optou por apoiar o atual chefe de Estado francês. Chegou a ser falado para primeiro-ministro, mas acabou com a pasta da Justiça, cargo do qual acabaria por se demitir pouco tempo depois na sequência de uma investigação que envolveu o seu partido.
Bayrou herda uma situação delicada, tendo nas mãos a aprovação do Orçamento do Estado, cujas medidas terá de conseguir negociar com pinças com a oposição para não ter o mesmo destino que o anterior primeiro-ministro.
O Orçamento terá de ficar fechado rapidamente, dada a aproximação do final do ano e o risco de, não havendo acordo, poder acontecer uma paralização dos serviços do Estado.
Na semana passada, Macron prometia apresentar um novo primeiro-ministro que pudesse representar "todas as forças políticas" e que conseguisse unir o país. Contudo, o nome de Bayrou - que já concorreu também ele à presidência francesa por três vezes - não é tão unânime quanto o presidente francês desejaria.
Na quarta-feira, os Socialistas consideraram-no demasiado próximo de Emmanuel Macron para representar uma quebra de políticas que consideram necessária.
Do lado da extrema-direita, Philippe Ballard já veio dizer que o seu partido pretende dar uma oportunidade ao novo primeiro-ministro. À esquerda, porém, Mathilde Panot, do França Insubmissa, não tardou a anunciar que se prepara para apresentar uma moção de censura.
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