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Costa e Macron defenderam refundação do modelo europeu em encontro de cidadãos em Lisboa

Uma Europa mais democrática, de livre circulação no espírito do programa Erasmus, que permitiu a muitos jovens estudarem e viajarem pela Europa nos últimos anos foram as mensagens colocadas na "caixa" de reclamações do encontro que se prolongou por mais de uma hora e meia.

27 de Julho de 2018 às 16:46
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Cidadãos tomaram hoje o palco da orquestra na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, para dizerem o que querem da Europa e ouvirem o Presidente francês e o primeiro-ministro português defender a refundação do modelo europeu.

 

Na plateia, estavam mais umas dezenas de pessoas para assistir a uma conversa e fazer perguntas a Emmanuel Macron e António Costa, sentados no centro do palco, em duas cadeiras altas, com uma mesa redonda e duas garrafas de água à frente, numa conferência sobre o futuro da Europa, intitulado "Encontro com cidadãos", na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

 

Uma Europa mais democrática, de livre circulação no espírito do programa Erasmus, que permitiu a muitos jovens estudarem e viajarem pela Europa nos últimos anos foram as mensagens colocadas na "caixa" de reclamações do encontro que se prolongou por mais de uma hora e meia.

 

Macron disse, duas vezes, que estava de acordo com Costa naquilo que tinha dito antes, por exemplo, que ambos defendem uma reforma profunda da União a 28, que vai passar a 27 com a saída do Reino Unido, ou na necessidade de uma estratégia de integração dos migrantes.

 

E lá surgiu o exemplo da selecção de França, campeã do mundo de futebol, por ter jogadores de origem de países africanos e não só, que valeram comentários "dos racistas".

 

A pergunta tinha sido feita por um participante, que falava em Português do Brasil, que anotou o facto de os convidados em palco serem "muito menos multiculturais" do que a equipa francesa e de ele próprio sentir dificuldades na integração.

 

O debate foi bilingue, em português e francês, com tradução simultânea, e as perguntas falavam da experiência de um jovem que fez Erasmus e questionou Costa e Macron sobre os valores da liberdade e democráticos.

 

Ambos, em uníssono disseram que "não" à pergunta feita através de uma 'App' (aplicação) sobre se um Estado que não partilhasse os valores democráticos poderia pertencer ao clube europeu.

 

E foi aí que entraram as concepções e as propostas, em grande parte coincidentes, na reforma do modelo europeu, que, para Emmanuel Macron, deve ser refundado. Ou que vive uma encruzilhada, na tese de António Costa.

 

Ambos coincidiram na necessidade de combater os populismos na Europa, uma preocupação partilhada com algumas intervenções da plateia.

 

É necessário a "Europa ser mais soberana", disse Macron, ouvindo de Costa frases como: "é preciso [a Europa] avançar de forma sólida, combinando pragmatismo e ambição".

 

Num encontro em que o Presidente da França e o chefe do Governo de Portugal alertaram para a participação dos cidadãos nas eleições europeias de 2019, da plateia surgiram respostas a um inquérito "on-line" em que 90% dos participantes disseram querer votar e apenas 4% responderam que não iam votar.

 

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