Notícia
Boris Johnson vai intervir no processo do Brexit para tentar quebrar impasse
O primeiro-ministro britânico vai voltar a envolver-se no processo de divórcio entre o Reino Unido e a União Europeia para tentar avançar com as negociações o mais rápido possível. Tem já uma reunião marcada com von der Leyen.
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson tem uma reunião marcada com a presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, para intervir no processo do Brexit, de forma a tentar quebrar o impasse atual das negociações.
Esta entrada em cena de Johnson surge um dia depois de a Comissão Europeia ter enviado uma "carta de notificação formal" a alertar o Reino Unido de um procedimento de infração dos termos do acordo de saída da União Europeia, alegando que o país violou o princípio da boa-fé em todo o procedimento do divórcio.
Esta será a primeira vez que o primeiro-ministro conservador irá envolver-se nas negociações do acordo de saída do Brexit desde junho, quando reuniu com von der Leyen, também numa tentativa de desatar este nó.
Na sua visita a Lisboa, nesta semana, a líder da CE mostrou-se otimista num acordo e apelou "à responsabilidade" para não acentuar a crise provocada pela pandemia com um não-acordo. "Queremos um acordo, estamos a trabalhar duramente nas negociações e continuo convencida de que um acordo é possível", disse.
A notícia desta reunião foi avançada pelo assessor da comissária europeia, através do seu Twitter.
Nesta semana já estava em curso uma nova ronda de negociação entre o chefe da missão europeia, Michel Barnier, e o congénere britânico, David Frost, depois do fracasso das últimas conversações.
Barnier tem vindo a alertar que "para evitar a fricção adicional" é preciso fechar um compromisso em outubro, "o mais tardar", para que o novo tratado possa entrar em vigor a 1 de janeiro de 2021 (isto devido a todos os passos formais que o processo tem de seguir). Devido a esta necessidade urgente, Boris Johnson decidiu ir novamente a jogo.
O divórcio entre o Reino Unido e a União Europeia deu-se no passado dia 31 de janeiro, mas o processo de "separação de bens" tarda em estar concluído. O período de transição é de um ano, pelo que findará no final de 2020. Londres continua integrado no mercado único e na união aduaneira, embora já não tenha participação nas instituições comunitárias.
Esta entrada em cena de Johnson surge um dia depois de a Comissão Europeia ter enviado uma "carta de notificação formal" a alertar o Reino Unido de um procedimento de infração dos termos do acordo de saída da União Europeia, alegando que o país violou o princípio da boa-fé em todo o procedimento do divórcio.
Na sua visita a Lisboa, nesta semana, a líder da CE mostrou-se otimista num acordo e apelou "à responsabilidade" para não acentuar a crise provocada pela pandemia com um não-acordo. "Queremos um acordo, estamos a trabalhar duramente nas negociações e continuo convencida de que um acordo é possível", disse.
A notícia desta reunião foi avançada pelo assessor da comissária europeia, através do seu Twitter.
Update of President von der Leyen’s calendar:
?? tomorrow afternoon, VTC with UK Prime Minister Boris Johnson. Stock-taking of negotiations and discussion of next steps. — Eric Mamer (@MamerEric) October 2, 2020
Nesta semana já estava em curso uma nova ronda de negociação entre o chefe da missão europeia, Michel Barnier, e o congénere britânico, David Frost, depois do fracasso das últimas conversações.
Barnier tem vindo a alertar que "para evitar a fricção adicional" é preciso fechar um compromisso em outubro, "o mais tardar", para que o novo tratado possa entrar em vigor a 1 de janeiro de 2021 (isto devido a todos os passos formais que o processo tem de seguir). Devido a esta necessidade urgente, Boris Johnson decidiu ir novamente a jogo.
O divórcio entre o Reino Unido e a União Europeia deu-se no passado dia 31 de janeiro, mas o processo de "separação de bens" tarda em estar concluído. O período de transição é de um ano, pelo que findará no final de 2020. Londres continua integrado no mercado único e na união aduaneira, embora já não tenha participação nas instituições comunitárias.