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Brexit: Boris Johnson apela ao "bom senso" dos europeus para resolver impasse

Na ausência de um acordo até ao primeiro dia de 2021, uma quebra repentina nas relações comerciais abalaria ainda mais as duas economias já enfraquecidas pela pandemia de covid-19.

EPA
02 de Outubro de 2020 às 18:34
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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse hoje que compete aos europeus "usar o bom senso" para chegar a um acordo comercial pós-'Brexit' com o Reino Unido, para evitar uma saída sem acordo.

Em entrevista à estação televisiva BBC, o líder conservador disse que há "todas as hipóteses de se chegar a um acordo", apesar das persistentes diferenças nas negociações entre o Reino Unido e a União Europeia. "Cabe aos nossos amigos e parceiros usar o bom senso", concluiu o primeiro-ministro britânico.

"Espero que cheguemos a um acordo, depende dos nossos amigos", insistiu Boris Johnson, recordando o passado da Europa com os seus parceiros.

"Eles fizeram um acordo com o Canadá, do género do que queremos. Por que não o podem fazer connosco? Somos tão próximos, somos membros (da UE) há 45 anos. Está ao nosso alcance. Depende deles", explicou o primeiro-ministro.

O Reino Unido deixou a UE em 31 de janeiro, mas continua a aplicar as regras da UE até 31 de dezembro, durante esta fase de transição.

Na ausência de um acordo até ao primeiro dia de 2021, uma quebra repentina nas relações comerciais abalaria ainda mais as duas economias já enfraquecidas pela pandemia de covid-19.

As discussões ocorrem dentro de um cronograma particularmente apertado: Boris Johnson marcou a data de 15 de outubro, dia de uma cimeira europeia em Bruxelas, para chegar a um acordo, enquanto os europeus prolongam essa data até ao final de outubro.

No final da nona sessão de negociações esta semana, o negociador britânico David Frost disse hoje que as concessões de Bruxelas seriam essenciais para chegar a um compromisso, em particular no que se refere à pesca e à igualdade de condições.

"Estou preocupado porque resta muito pouco tempo agora para resolver esses problemas, antes do Conselho Europeu, em 15 de outubro", disse Frost, num comunicado, referindo-se ao prazo estipulado pelos britânicos.


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