Notícia
Espanhola Nadia Calvino candidata a substituir Mário Centeno no Eurogrupo
O Governo espanhol anunciou hoje a candidatura da sua ministra da Economia, Nadia Calvino, para substituir o português Mário Centeno na presidência do Eurogrupo.
25 de Junho de 2020 às 08:51
"A vice-presidente económica do Governo, Nadia Calvino, será candidata à presidência do Eurogrupo, um órgão fundamental para a cooperação entre os membros da zona euro e para a construção de uma Europa mais forte e mais unida", segundo comunicado enviado às redações em Madrid.
Madrid informa ainda que "Espanha vai hoje formalizar a sua candidatura" e que o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, considera que seria "uma honra para o Governo espanhol" se Nadia Calviño pudesse presidir ao Eurogrupo, "uma responsabilidade que a Espanha nunca exerceu e que nunca foi exercida por uma mulher antes".
Os países da zona Euro têm até hoje para apresentar os seus candidatos ao cargo e a eleição terá lugar na próxima reunião do Eurogrupo, no início de julho.
Para ser eleito, o futuro presidente terá de contar com o apoio de pelo menos 10 dos 19 países da zona Euro e assume o cargo em 13 de julho para um mandato de dois anos e meio.
O anúncio em 09 de junho que Mário Centeno abandonava o cargo de ministro das Finanças também o afastou da possibilidade de continuar como presidente do Eurogrupo, um lugar que tem de ser exercido por um dos ministros daquele conjunto de países.
Há já vários meses que Nadia Calvino tem vindo a ser apontada como uma das grandes favoritas à sucessão de Mário Centeno, mas a ministra espanhola sempre recusou assumir uma candidatura enquanto o ministro português não desvendasse se era ou não candidato a um novo mandato.
Madrid vai ter agora de tentar receber o apoio necessário para eleger a sua candidata numa escolha em que pesam muito a sua família política (socialista), o seu sexo e o equilíbrio com outros cargos europeus de topo que o país já tenha.
A ampla experiência comunitária de Calvino, que trabalhou 12 anos na Comissão Europeia, quatro dos quais (2014-2018) à frente da Direcção-Geral dos Orçamentos, é apresentada como uma mais-valia.
Espanha já tem um dos quatro postos que foram distribuídos após as eleições europeias de 2019, o de alto representante para a Política Externa da União Europeia para o socialista Josep Borrell, enquanto a nível económico o antigo ministro do Partido Popular (direita) Luís de Guindos é vice-presidência do Banco Central Europeu desde 2018 -- na altura substituiu o português Vítor Constâncio (socialista).
Entre os parceiros da zona euro, Calvino teria dificuldade em obter o apoio do grupo de países austeros - Países Baixos, Áustria, Dinamarca e Suécia - depois de ter estado no lado oposto na mesa de negociações sobre o plano de recuperação europeu após a pandemia.
Eleito em 04 de dezembro de 2017 para a presidência do Eurogrupo, por um período de dois anos e meio, Centeno vai despedir-se do cargo em julho, tornando-se o primeiro presidente do fórum informal de ministros das Finanças da zona euro a cumprir apenas um mandato.
Centeno foi o terceiro presidente do Eurogrupo, depois do luxemburguês Jean-Claude Juncker (2005-2013) e do holandês Jeroen Dijsselbloem (2013-2018).
Madrid informa ainda que "Espanha vai hoje formalizar a sua candidatura" e que o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, considera que seria "uma honra para o Governo espanhol" se Nadia Calviño pudesse presidir ao Eurogrupo, "uma responsabilidade que a Espanha nunca exerceu e que nunca foi exercida por uma mulher antes".
Para ser eleito, o futuro presidente terá de contar com o apoio de pelo menos 10 dos 19 países da zona Euro e assume o cargo em 13 de julho para um mandato de dois anos e meio.
O anúncio em 09 de junho que Mário Centeno abandonava o cargo de ministro das Finanças também o afastou da possibilidade de continuar como presidente do Eurogrupo, um lugar que tem de ser exercido por um dos ministros daquele conjunto de países.
Há já vários meses que Nadia Calvino tem vindo a ser apontada como uma das grandes favoritas à sucessão de Mário Centeno, mas a ministra espanhola sempre recusou assumir uma candidatura enquanto o ministro português não desvendasse se era ou não candidato a um novo mandato.
Madrid vai ter agora de tentar receber o apoio necessário para eleger a sua candidata numa escolha em que pesam muito a sua família política (socialista), o seu sexo e o equilíbrio com outros cargos europeus de topo que o país já tenha.
A ampla experiência comunitária de Calvino, que trabalhou 12 anos na Comissão Europeia, quatro dos quais (2014-2018) à frente da Direcção-Geral dos Orçamentos, é apresentada como uma mais-valia.
Espanha já tem um dos quatro postos que foram distribuídos após as eleições europeias de 2019, o de alto representante para a Política Externa da União Europeia para o socialista Josep Borrell, enquanto a nível económico o antigo ministro do Partido Popular (direita) Luís de Guindos é vice-presidência do Banco Central Europeu desde 2018 -- na altura substituiu o português Vítor Constâncio (socialista).
Entre os parceiros da zona euro, Calvino teria dificuldade em obter o apoio do grupo de países austeros - Países Baixos, Áustria, Dinamarca e Suécia - depois de ter estado no lado oposto na mesa de negociações sobre o plano de recuperação europeu após a pandemia.
Eleito em 04 de dezembro de 2017 para a presidência do Eurogrupo, por um período de dois anos e meio, Centeno vai despedir-se do cargo em julho, tornando-se o primeiro presidente do fórum informal de ministros das Finanças da zona euro a cumprir apenas um mandato.
Centeno foi o terceiro presidente do Eurogrupo, depois do luxemburguês Jean-Claude Juncker (2005-2013) e do holandês Jeroen Dijsselbloem (2013-2018).