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Taxa de desemprego dispara para 17,7%
A taxa de desemprego em Portugal aumentou de 16,9%, no quarto trimestre de 2012, para 17,7%, no primeiro trimestre deste ano, um novo máximo histórico. Mais de 950 mil portugueses estão à procura de trabalho.
Entre Outubro e Dezembro de 2012 observou-se que 923,2 mil pessoas estavam desempregadas - o que correspondia a uma taxa de 16,9% - tendo nestes primeiros três meses deste ano disparado para os 952,2 mil (17,7%), mostram os números publicados esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). No terceiro trimestre de 2012 esta percentagem era 15,8%.
Em 12 meses, o número de portugueses sem trabalho cresceu 133 mil e 2,8 pontos percentuais.
A taxa de desemprego foi aumentando ao longo de 2012, tendo-se registado uma média de 15,7%,três pontos percentuais acima do valor observado em 2011 (12,7%) e 0,2 pontos mais elevado do que o Governo previa a três meses do final do ano.
O desemprego é o indicador que mais tem surpreendido o Governo e a troika desde o início do programa de ajustamento, com um crescimento muito superior ao que ambos estimavam. Na apresentação da sétima avaliação da troika, o ministro das Finanças admitiu que o valor do desemprego “é muito elevado” e representa um “flagelo pessoal e familiar”. O “desemprego jovem tem aumentado muito” e representa um “desperdício do elevado capital humano dos jovens”, o que traduz “um choque para a sociedade portuguesa”.
Segundo as últimas estimativas de Vítor Gaspar, a taxa de desemprego vai a agravar-se em 2013, para uma média de 18,2%, continuando a crescer em 2014 para 18,5%. O Executivo espera que comece a diminuir em 2015 para 18,1% e, em 2016, que esteja nos 17,5%.
A taxa de desemprego em Portugal está a subir desde 2008, altura em que se situava nos 7,3%, o equivalente a 409,9 mil desempregados.