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Governo vai adoptar "todas as medidas" necessárias para reduzir o desemprego
Após ser conhecida a taxa de desemprego do primeiro trimestre de 2013, o Governo garantiu que está a desenvolver e a adoptar todas as medidas necessárias para inverter esta "gravíssima" situação.
"São números muitíssimo elevados", disse Luís Marques Guedes, ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, sobre os mais recentes dados do desemprego em Portugal. O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou esta manhã que a taxa de desemprego atingiu, no primeiro trimestre de 2013, um novo máximo histórico nos 17,7%.
Estes números mostram que a "situação é gravíssima" mas são também um "resultado natural das profundas dificuldades do País". "Mais do que pensar na taxa, importa definir políticas para ajudar as empresas a criar emprego", destacou Marques Guedes durante a conferência de imprensa que se seguiu ao habitual Conselho de Ministros.
O ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares garantiu que o Governo está a "desenvolver e a adoptar todas as medidas necessárias para inverter esta situação".
O desemprego é o indicador que mais tem surpreendido o Governo e a troika desde o início do programa de ajustamento, com um crescimento muito superior ao que ambos estimavam.
Na apresentação da sétima avaliação da troika, o ministro das Finanças admitiu que o valor do desemprego “é muito elevado” e representa um “flagelo pessoal e familiar”. O “desemprego jovem tem aumentado muito” e representa um “desperdício do elevado capital humano dos jovens”, o que traduz “um choque para a sociedade portuguesa”.
Segundo as últimas estimativas de Vítor Gaspar, a taxa de desemprego vai agravar-se em 2013, para uma média de 18,2%, continuando a crescer em 2014 para 18,5%. O Executivo espera que comece a diminuir em 2015 para 18,1% e, em 2016, que esteja nos 17,5%.
A taxa de desemprego em Portugal está a subir desde 2008, altura em que se situava nos 7,3%, o equivalente a 409,9 mil desempregados. No final de Março de 2013, o País tinha 950 mil desempregados.