Notícia
No emprego não se vê transformação estrutural da economia
Os números de emprego surpreenderam pela negativa. Na “Reacção dos Economistas” do Massa Monetária, vários especialistas descrevem tendências preocupantes e entre elas está a inexistência de um reforço do peso do sector transaccionável.
O desemprego disparou no primeiro trimestre para 17,7%. Os números divulgados esta quinta-feira pelo INE revelam várias tendências preocupantes escrevem os economistas que participam na “Reacção dos Economistas” do Massa Monetária.
Paula Carvalho, economista-chefe do BPI, destaca o aumento do desemprego de longo prazo – que já atinge 560 mil pessoas (quase 60% dos desempregos estão nessa situação há mais de um ano) – e o facto de no mercado de trabalho não haver sinais de reforço dos sectores transacionáveis, uma das transformações estruturais esperadas do ajustamento económico em curso.
Filipe Garcia, da IMF, destaca a redução no número de empregos: 4,9% em termos homólogos e 2,2% em termos trimestrais. São menos cerca de 230 mil empregos, o que descreve como “verdadeiramente preocupante”, referindo que a emigração está a travar uma evolução ainda pior da taxa de desemprego.
José Miguel Moreira, Montepio