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Taxa de desemprego surpreende e volta a descer. Está em 7%

A taxa de desemprego voltou a descer em Maio, atingindo agora o valor mais baixo em 16 anos. O INE esperava uma subida, mas o número ficou afinal melhor do que o antecipado. Em Junho deverá descer de novo.

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A taxa de desemprego voltou a descer em Maio de 2018, para 7%, atingindo agora o valor mais baixo desde Outubro de 2002. O valor foi divulgado esta segunda-feira, 30 de Julho, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Para Junho a estimativa provisória é de nova descida, para 6,7%.

O INE esperava uma subida da taxa de desemprego para Maio, mas o número ficou afinal melhor do que o antecipado. Em vez de 7,3%, o que representaria um agravamento de duas décimas no desemprego, a taxa desceu para 7%, uma melhoria de uma décima.

Comparando com o mesmo mês de 2017, a taxa de desemprego mostra bem a melhoria verificada no mercado de trabalho no período de um ano: a descida é de 2,2 pontos percentuais.

Para Junho, a perspectiva volta a ser positiva, com o INE a antecipar nova queda, desta vez para 6,7%. A confirmar-se este valor, será preciso recuar a Setembro de 2002 para encontrar um registo mais baixo, mostram as séries do INE.

Emprego quase estável em Maio

Apesar das boas notícias da descida do desemprego, os dados do INE recomendam cautela. É que a descida do desemprego não se verificou sobretudo por causa da criação de novos postos de trabalho. No que toca ao emprego a evolução de Abril para Maio foi, aliás, quase nula – foram criados 1,7 mil empregos em termos líquidos, o que corresponde a um aumento de 0,04%.

Ou seja, a diminuição da taxa de desemprego deveu-se sobretudo à saída de pessoas do mercado de trabalho, para a população inactiva, cujo número baixou em 3,3 mil, mostra o boletim. É por isso que a taxa de emprego se manteve inalterada em Maio face a Abril, em 61,6%.

Para Junho, a perspectiva melhora. O INE espera uma criação de emprego mais robusta, de 13,2 mil postos de trabalho, o que fará subir a taxa de emprego para 61,8%. Já a população activa deverá manter-se quase inalterada, diminuindo em apenas 2,5 mil pessoas, indica o INE.

(Notícia actualizada às 11h55)
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