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Redução do desemprego está a abrandar

A trajectória de descida do desemprego está a decair. A taxa de desemprego em Março acabou por ficar em 7,5% e as primeiras estimativas do INE para Abril apontam para uma descida de apenas 0,1 pontos. Em Março, e em Abril também, o emprego caiu face ao mês anterior, o que acontece pela primeira vez em mais de dois anos.

Bruno Simão/Negócios
30 de Maio de 2018 às 11:09
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A taxa de desemprego situou-se em 7,5% em Março, o que representa uma revisão em 0,1 pontos percentuais face ao número provisório avançado há um mês pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em relação a Abril, as primeiras projecções do INE mantêm a tendência de descida, mas em apenas 0,1 pontos, para 7,4%. 

A perda de dinamismo do mercado de trabalho é de resto evidente quando se olha para a população activa. Segundo o INE, a população empregada caiu, face ao mês anterior, tanto em Abril (dados provisórios) como em Março, o que acontece pela primeira vez desde Fevereiro de 2016. Em termos homólogos, não há quebra, mas há um crescimento menor: a população activa terá crescido, em termos homólogos, apenas 2,1% em Abril e 2,7%, em Março. Nos 13 meses anterior, a taxa de crescimento homólogo foi sempre superior a 3%, o que evidencia bem a mudança de padrão. 

Também a taxa de emprego (peso da população empregada na população activa) segue no mesmo sentido. Embora continue a crescer ligeiramente, a variação homóloga está a perder fôlego: de 2% em Fevereiro, passou para 1,7% em Março e 1,4% em Abril, situando-se em em 61,3%. São os crescimentos mais fracos desde o início de 2017. 

Estes dados reforçam as preocupações sobre o andamento da economia portuguesa. Depois de um período de franco crescimento económico, surgem aqui e ali, em Portugal como na Europa, sinais de que os ventos poderão estar a mudar. A recuperação espectacular do mercado de trabalho, que surpreendeu quase todas as instituições que fazem previsões, parece estar a chegar ao fim.

Quanto à população activa, o INE também mostra dados relevantes: em Março, houve uma quebra significativa do universo de pessoas disponíveis para trabalhar, de 0,3%, uma revisão em baixa em 0,2 pontos face à estimativa inicial.  

(Notícia actualizada às 11h28)
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