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Percentagem de desempregados que passou para emprego baixou para 23%
23,3% das pessoas que estavam desempregadas no final do ano passado transitaram para o emprego no início deste ano. Trata-se de uma percentagem mais baixa do que no trimestre anterior e do que em período homólogo (26%).
Das pessoas que estavam desempregadas no último trimestre do ano passado, 23,3% transitaram para o emprego no primeiro trimestre deste ano, percentagem que fica abaixo do registado em período homólogo (25,6%) ou no último trimestre do ano passado (26,2%)
Em termos absolutos foram 79,7 mil pessoas, em linha com as 80 mil do trimestre anterior e abaixo do que tinha sido registado em período homólogo (84,7 mil) revelam os dados publicados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O INE explica que "do total de pessoas que estavam desempregadas no 4.º trimestre de 2022, 57,0% (195,3 mil) permaneceram nesse estado no 1.º trimestre de 2023, 23,3% (79,7 mil) transitaram para o emprego e 19,8% (67,7 mil) transitaram para a inatividade".
Das pessoas que estavam empregadas, 96% permaneceram nesse estado enquato 1,6% transitaram para o desemprego e 2% passaram para a inatividade.
"Em consequência, o fluxo líquido do emprego (total de entradas menos total de saídas) foi de sinal positivo e estimado em 21,8 mil pessoas. Da mesma forma, o fluxo líquido do desemprego foi de sinal positivo e estimado em 37,6 mil pessoas, o que resulta do total de pessoas que transitaram para o desemprego (185,0 mil) ter sido superior ao total das que saíram desse estado (147,4 mil)", explica o INE.
O INE também olha para "a força de trabalho potencial", ou seja, pessoas não empregadas que, no 4.º trimestre de 2022, não procuraram ativamente emprego ou que não mostraram disponibilidade para começar a trabalhar na semana de referência ou nas duas semanas seguintes.
Destes, cerca de um terço (33%) passou para a população desempregada e um pouco menos (31%) passaram para outro tipo de inatividade, "o que significa que deixaram de procurar ativamente emprego e de ter disponibilidade para começar a trabalhar no período de referência, ficando assim mais afastados do mercado de trabalho".
Estes dados sobre fluxos complementam os dados oficiais revelados na semana passada, que como o Negócios explicou na altura reduziu a proporção de emprego dos mais qualificados, revelando uma redução recorde do emprego de licenciados (que por sua vez também desapareceram da população total, admitindo-se que tal seja pelo menos parcialmente explicado com a emigração). Foi criado emprego em setores como o alojamento e restauração e a construção, mas de uma forma que não compensou o aumento do desemprego.
Um quinto passou a contrato sem termo
O INE também revela que 21% das pessoas que tinham um contrato a termo passaram a ter um contrato sem termo na transição entre trimestres.
Trata-se de uma subida face ao trimestre anterior e de uma descida em termos homólogos.
A taxa de precariedade, que traduz a proporção dos trabalhadores com contrato a termo ou outros mais precários no total de emprego dependente está agora nos 17,1%, bem abaixo do histórico que superava os 20%, mas um ponto percentual acima do que foi registado em termos homólogos.
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