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Emprego recorde aproxima Portugal e UE da meta de 2030

Nos próximos anos será mais difícil fazer subir a taxa de emprego, mas a perda de população pode ajudar no indicador no caso português. O país ficou no final do ano passado a 2,5 pontos percentuais de cumprir os objetivos para a década.
Maria Caetano 09 de Maio de 2023 às 15:00

Um ano recorde no mercado de trabalho da União Europeia colocou o bloco mais perto daquela que é a primeira meta do Pilar Europeu de Direitos Sociais: a subida das taxas de emprego. Os 27, que assinalam nesta terça-feira o Dia da Europa e há dois anos fixaram objetivos na Cimeira Social do Porto, registaram sem exceções progressos neste indicador.

A taxa média de emprego da UE entre a população entre os 20 e os 64 anos atingiu um valor recorde, subindo aos 74,6% num avanço de 1,5 pontos percentuais, de acordo com os dados anuais finais dos inquéritos ao emprego publicados já pelo Eurostat. O objetivo comum do bloco é o de alcançar uma taxa de emprego de 78% até ao final da década.

Já Portugal conseguiu uma melhoria de 1,6 pontos percentuais, com a taxa de emprego nos 77,5%. O objetivo para 2030 é o de ter 80% da população entre os 20 e os 64 anos empregada.

Apesar do forte clima de incerteza e de subidas de preços em contexto de guerra na Europa, a recuperação da atividade e também a falta de mão de obra em vários setores terão apoiado a capacidade de resistência do mercado de trabalho – sobretudo com mais força no segundo trimestre do ano.

Todos os Estados-membros registaram melhorias nas respetivas taxas de emprego, com a Grécia a conseguir o maior progresso anual – 3,7 pontos percentuais de ganho, para uma taxa de 66,3% - e o Luxemburgo o menor. O avanço ficou pelos 0,7 pontos percentuais no grão-ducado, para 74,8%.

Mais subidas limitadas

Mas, para os próximos anos, as melhorias deverão ser bastante menos pronunciadas, devido ao abrandamento económico previsto, assim como à necessidade de converter para o mercado de trabalho bolsas cada vez menores de inativos num contexto que tem sido marcado por desfasamentos entre competências procuradas e aquelas que estão em oferta na mão de obra disponível. Os países deverão marcar passo para obter pequenos ganhos, segundo sugerem as previsões.

Em Portugal, o Ministério das Finanças inscreveu no Programa de Estabilidade para os próximos cinco anos subidas anuais no emprego que não vão além de 0,5%. Face à população com emprego remunerado nas contas nacionais de 2022, as melhorias cumulativas projetadas só permitem somar até 2027 cerca de 70 mil postos de trabalho ocupados, nos cálculos do Negócios.

Para comparação, no ano passado a economia gerou mais de 96 mil novos empregos em termos líquidos, numa subida de 2% face a 2021

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