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Desemprego cai para 15,1%, mas não há mais portugueses com trabalho

A taxa de desemprego voltou a recuar no primeiro trimestre de 2014, caindo 0,2 pontos percentuais face ao trimestre anterior, para os 15,1%. No entanto, o mesmo trimestre trouxe também uma contracção da população empregada (-0,9%). 788 mil portugueses continuam à procura de trabalho.

Bruno Simão/Negócios
09 de Maio de 2014 às 11:07
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Os números publicados esta manhã, 9 de Maio, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que a taxa de desemprego caiu de 15,3% para os 15,1%. Olhando para o trimestre homólogo, a contracção é ainda mais significativa, com uma variação de -2,4 pontos.

 

Isto significa que Portugal tem menos 20 mil desempregados no arranque de 2014 do que tinha no último trimestre do ano passado.

 

Segundo o INE, a diminuição trimestral do desemprego foi observada essencialmente entre as mulheres, a faixa etária entre os 25 e os 34 anos, licenciados, desempregados de longa duração e quem está à procura de novo emprego (na indústria, construção, energia e água e serviços).

 

As sete regiões do País contam histórias diferentes. Lisboa, Norte e Madeira têm reduções na sua taxa de desemprego, em -0,8, -0,6 e -0,6 pontos percentuais, respectivamente. Contudo, Algarve, Açores e Centro apresentam agravamentos significativos, de 1,3, 0,7 e 0,5 pontos percentuais. O Algarve tem a taxa de desemprego mais alta do País (18,3%) e o Centro a mais baixa (11%).

 

Emprego também cai

Apesar de os dados do desemprego parecerem positivos, se olharmos para o emprego a realidade é outra. É que, mais uma vez, muitos dos que saem de uma situação de desemprego não estão a encontrar trabalho. No mesmo trimestre em que a população desempregada cai 20 mil, a população empregada apresenta uma contracção mais de duas vezes superior (menos 42 mil pessoas empregadas).

 

Isto significa que uma fatia das pessoas classificadas como desempregadas passou para a população inactiva ou terá saído do País. Um movimento a que já se tem assistido em trimestres anteriores.

 

Segundo o INE, a diminuição da população empregada no primeiro trimestre de 2014 ocorreu principalmente nestes segmentos: “homens; pessoas com 65 e mais anos; pessoas com nível de escolaridade completo correspondente ao ensino básico e ensino secundário e pós-secundário; pessoas empregadas no sector da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca; trabalhadores/as por conta própria; e empregadas/os a tempo parcial.”

 

(Notícia actualizada às 11h34 com mais informação)

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