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Para onde foram os desempregados?

O Inquérito ao Emprego do primeiro trimestre de 2014 voltou a trazer conclusões contraditórias em relação à evolução do mercado de trabalho. Os dados do desemprego mostram uma melhoria, mas o número de pessoas empregadas voltou a cair. Para onde foram as pessoas que não tinham trabalho?

Bruno Simão/Negócios
09 de Maio de 2014 às 13:32
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Primeiro as boas notícias. Os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que entre o quarto trimestre de 2013 e os primeiros três meses deste ano, há menos 20 mil desempregados (788 mil). Intuitivamente, pensaríamos que o emprego deveria ter crescido numa proporção semelhante. Mas o que se observou foi precisamente o oposto. O emprego afundou 42 mil, para as 4,427 milhões pessoas.

 

Segundo os dados do INE, 2,9% das pessoas que estavam empregadas no trimestre anterior passaram para o desemprego e 4,2% passaram à inactividade. “Do total de pessoas que se encontravam desempregadas no quarto trimestre de 2013, 34% saíram dessa situação no primeiro trimestre de 2014, sendo que 16,4% se tornaram empregadas/os e 17,5%  transitaram para a inactividade”, acrescenta o INE.

 

Como se explica estas duas variações? Bom, o mais simples é olhar para a população inactiva. O número de inactivos cresceu 39,6 mil, o maior aumento desde o quarto trimestre de 2012. Contudo, e embora seja um valor elevado, não abarca a totalidade das 62 mil pessoas (20 mil ex-desempregados e 42 mil ex-empregados).

 

Sobram assim cerca de 12 mil pessoas que desapareceram da população total. Tal como tem acontecido em trimestres anteriores, uma parcela destes 12 mil devem-se a alterações demográficas, relacionadas com o envelhecimento da população. A segunda parte da explicação tem a ver com saídas do País através de emigração.

 

Desemprego nos 15,1%

A taxa de desemprego voltou a recuar no primeiro trimestre de 2014, caindo 0,2 pontos percentuais face ao trimestre anterior, para os 15,1%. No entanto, o mesmo trimestre trouxe também uma contracção da população empregada (-0,9%). 788 mil portugueses continuam à procura de trabalho.

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