Notícia
Desemprego agrava-se mais nas ilhas
A taxa de desemprego nacional manteve-se nos 11,9% no terceiro trimestre do ano, mas a evolução foi bastante heterogénea entre as várias regiões do país. Os maiores agravamentos observaram-se na Madeira e nos Açores.
Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego na Região Autónoma da Madeira deu um salto de 1,1 pontos percentuais entre Julho e Setembro deste ano, passando de 13,6% no segundo trimestre para 14,7% no terceiro. É a região do país com maior percentagem de população activa desempregada. Uma tendência semelhante à que se observou na Região Autónoma dos Açores, cuja taxa de desemprego passou de 11,3% para 12,1%. Mais 0,8 pontos percentuais.
Por outro lado, existem regiões onde o desemprego até caiu, como é o caso do Centro, do Alentejo e do Algarve. O primeiro continua a ter a taxa mais baixa do país, com 8,2% (menos 0,3 pontos). No Alentejo e no Algarve, o alívio do desemprego foi de 0,8 e 0,6 pontos, respectivamente, o que coloca as suas taxas de desemprego nos 11,8% e 10,2%.
Por último, no Norte e em Lisboa, há ligeiros agravamentos no desemprego, de 0,2 e 0,1 pontos percentuais.
Jovens com mais desempregados e também mais empregados
O Inquérito ao Emprego mostrou também um aumento significativo do emprego entre os portugueses mais jovens, disparando de 246,5 mil para 266,1 mil. O que significa que há mais 20 mil pessoas entre os 15 e os 24 com trabalho, mais 8% do que nos três meses anteriores. Se a comparação for feita com o mesmo trimestre de 2014, observa-se uma diminuição de 2,1% do número de jovens empregados.
O aumento do emprego entre os mais novos não se reflecte numa descida do desemprego. Há mais 14 mil desempregados, uma subida de 13% em relação ao trimestre anterior.