Em 2014, as condições materiais de vida dos portugueses continuaram bastante deterioradas face ao passado recente, mas a sua qualidade de vida continuou a subir sustentadamente. Da conjugação destas duas evoluções de sinal contrário, resulta uma evolução positiva do nível global de bem-estar dos portugueses.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), no ano passado o índice de bem-estar dos portugueses continuou a recuperar da tendência de quebra verificada em 2012. No ano passado o índice recuperou 0,9%, encontrando-se agora ao melhor nível desde que é publicado.

Este índice é calculado a partir de dois outros índices que retratam, por um lado, questões relacionadas com a qualidade de vida, e, por outro, as condições materiais de vida.

As condições materiais de vida, onde se avaliam, entre outros, factores como o trabalho e a remuneração e a vulnerabilidade económica, registam uma quebra de 2,7% ao ano desde 2008, encontrando-se em níveis historicamente baixos. A contribuir para esta situação estão a vulnerabilidade económica, o trabalho e as remunerações e todos os indicadores relacionados com o mercado de trabalho.

Contudo, o índice de qualidade de vida, que mede a saúde, a educação, o ambiente, a segurança pessoal, e o balanço vida-trabalho, continua a subir de forma contínua. Em 2014, este índice avançou mais 1,5 pontos percentuais, devido à evolução positiva de indicadores como a taxa de mortalidade, o abandono escolar, as publicações científicas, a segurança pública ou a qualidade do ar.