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Taxa de desemprego desce e emprego também
A taxa de desemprego baixou ligeiramente em Setembro para 12,2%, depois de uma subida idêntica registada em Agosto. Mas o nível de emprego caiu, revela também o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A taxa de desemprego situou-se em Setembro nos 12,2%, menos uma décima do que no mês anterior, de acordo com a estimativa provisória divulgada esta quinta-feira, 29 de Outubro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). No entanto, a população empregada continuou a cair, mesmo quando o número é ajustado em função da sazonalidade.
A estimativa provisória aponta para 621,8 mil pessoas em Setembro, o que representa um decréscimo de 1,1%, ou de menos 6,8 mil pessoas, face ao valor definitivo para Agosto.
Em Agosto, a taxa de desemprego tinha subido uma décima, para 12,3% (em vez dos 12,4% inicialmente anunciados), de acordo com os valores definitivos agora apresentados. Por isso, a taxa regressa agora ao valor de Julho.
Na comparação homóloga, a taxa de desemprego de Setembro desce 1,2 pontos, com mais 23,4 mil empregados.
Os dados acima apresentados, destacados pelo INE, são ajustados de sazonalidade, o que significa que há uma correcção em relação à típica descida do desemprego no Verão e ao típico aumento no Outono.
No entanto, o INE também apresenta os dados não ajustados, que apontam para uma redução do emprego há pelo menos três meses, para um aumento recente dos desempregados e para uma subida da taxa de desemprego em Agosto, para 12,1%, valor que se mantém em Setembro.
Geralmente, na divulgação destes dados mensais, o INE revê o dado relativo ao penúltimo mês – neste caso, Agosto – porque este foi apresentado há cerca de um mês como provisório, passando agora a definitivo.
O motivo para estas revisões é o facto de o valor mais recente ser apurado com base num trimestre móvel, numa altura em que já há dados definitivos para os primeiros dois meses mas ainda não há informação sobre o terceiro, fazendo-se uma projecção. É por isso que a informação relativa a Setembro é provisória.
Desta vez, porém, também foi revista a série relativa ao emprego. Questionado sobre o assunto, o INE sublinha que estas revisões mais longas apenas afectaram os dados ajustados de sazonalidade (que são aqueles que geralmente são destacados), que podem ser sempre sujeitos a revisões, "dada a existência de mais uma observação e a natureza dinâmica dos modelos de ajustamento sazonal", tal como é indicado numa das notas técnicas do destaque, responde fonte oficial do INE. "Estas revisões, contudo, são de pequena magnitude e tendem a centrar-se nos valores mais recentes", acrescenta a mesma fonte.