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Vieira da Silva evita comprometer-se com o valor do salário mínimo

O ministro do Trabalho voltou a indicar que o Governo vai apresentar a proposta de 557 euros para 2017, mas fugiu à pergunta sobre o valor que vai efectivamente aprovar.

Miguel Baltazar/Negócios
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Na véspera de uma reunião de concertação social sobre o salário mínimo, o ministro do Trabalho seguiu a estratégia das últimas semanas, evitando comprometer-se com o valor que vai efectivamente aprovar para 2017. A questão tem gerado um braço-de-ferro entre as confederações patronais (em particular, a CIP) e o Bloco de Esquerda.

Isto apesar de o primeiro-ministro já ter afastado o adiamento do valor proposto no Programa do Governo.

 

Em entrevista à RTP 3, Vieira da Silva reiterou que o Governo apresentará à concertação social o valor que está no programa de Governo. "O Governo apresentará à concertação social esses valores. Esse compromisso existe, não faria nenhum sentido voltar atrás". O documento prevê que o Executivo proponha em sede de concertação social "uma trajetória de aumento" do salário mínimo que permita "atingir" os 557 euros em 2017 e os 600 euros em 2019.

 

Contudo, questionado sobre se essa proposta pode evoluir no decorrer das negociações, não se quis comprometer.

 

"O Governo avaliará a posição dos parceiros, irá discutir", respondeu Vieira da Silva, afirmando de seguida que não quer "alimentar a polémica". "Não ajuda nada à produção de consensos uma excessiva polémica prévia", justificou, reclamando o direito a "algum recato" antes da discussão formal.

 

Questionado sobre se uma eventual alteração dos valores acordados com o Bloco de Esquerda não criaria problemas com o parceiro de coligação, o ministro respondeu que o Governo conhece os seus compromissos. Mas também disse que está disponível para encontrar soluções em concertação social.

 

Esta quarta-feira de manhã, em declarações no Fórum TSF, Vieira da Silva sublinhou que o Governo não precisa de um acordo em concertação social para avançar com o valor de 557 euros em 2017. Mas também reconheceu que seria desejável um acordo de médio prazo em concertação social.

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