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Um em cada três empregados da restauração é clandestino, denuncia sindicato
A descida do desemprego no sector é explicada em parte pela informalidade na contratação, acusa ao Dinheiro Vivo. Os patrões queixam-se de falta de mão-de-obra especializada.
O presidente do Sindicato da Hotelaria do Norte estima que "há 90 mil trabalhadores clandestinos nos cafés, pastelarias e restaurantes" portugueses, que "representam 30% da força de trabalho no sector".
Em declarações ao Dinheiro Vivo, Francisco Figueiredo denuncia que "há muitos restaurantes que recorrem ao trabalho informal e que não descontam para a Segurança Social", justificando "muita da diminuição" da taxa de desemprego na área com esta informalidade.
Em Setembro, face ao mesmo mês do ano anterior, os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) registaram menos 8,4% de pessoas sem emprego no sector da restauração, num total de 33.290 inscritos.
Do lado dos empresários, que desde Julho beneficiam da taxa do IVA a 13%, o problema passa pela falta de mão-de-obra especializada. O líder da Associação de Hotelaria, Restauração e Turismo (APHORT), Rodrigo Pinto Barros, falou à mesma publicação da dificuldade em encontrar candidatos com o perfil adequado, estando por isso a recorrer menos aos inscritos nos centros de emprego.