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UGT admite greve que junte setor público e privado se negociação falhar
Ainda não estão reunidas as condições, mas a UGT não descarta uma greve que junte setor público e privado "curto ou médio prazo". Decisão está dependente das condições finais do Governo do acordo de competitividade e rendimentos e será ponderada em março.
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23 de Fevereiro de 2020 às 12:00
O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, admite ponderar uma greve geral que junte o setor público e privado, caso a negociação para a valorização de salários na Concertação Social falhar.
Embora afirme que, neste momento, "não estão reunidas as condições para uma greve geral, sobretudo com o setor público e privado", o sindicalista sublinhou que não descarta essa hipótese "a curto ou médio prazo".
Nesse sentido, e dado que o Governo pretende concluir a negociação sobre esse acordo em março, o secretário-geral da UGT disse que a decisão poderá ser tomada na reunião do secretariado nacional da central sindical em março.
"Os trabalhadores estão mobilizados, estão motivados efetivamente para participarem nas lutas e ações reivindicativas para melhorar as suas condições de vida, há disponibilidade também da nova secretária-geral da CGTP, como ouvi, não falei com ela, em que os sindicatos e a próprias centrais possam em determinados momentos convergir", salientou.
E, lembrando a convergência entre CGTP e UGT na última greve da função pública, Carlos Silva deixou um aviso: "Se o governo quer alargar isto a todo o horizonte de trabalhadores em Portugal, é bom que o Governo também comece a meter as barbas de molho e a perceber o que quer fazer".
É que, considerou, "não fica bem a um Governo de esquerda e tão elogiado pelos seus pares europeus permitir que surja na imprensa internacional uma greve geral porque o governo não trata bem os trabalhadores".