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Montepio: desemprego desce para 9% este ano e 8,2% em 2018
Os dados do terceiro trimestre levaram o Montepio a prever uma queda mais acentuada na taxa de desemprego deste ano.
O relatório do INE sobre o desemprego no terceiro trimestre levou o Montepio a rever em baixa a sua estimativa para a taxa de desemprego deste ano e de 2018.
Entre Julho e Setembro a taxa de desemprego em Portugal situou-se em 8,5%, uma descida de três décimas face ao trimestre anterior que colocou a taxa num novo mínimo desde o quarto trimestre de 2008.
A descida foi superior à estimada pelo Montepio (8,6%), levando o banco a rever em baixa a sua previsão para os próximos anos. A previsão para a média de 2017 está agora em 9% (menos uma décima do que o estimado antes), enquanto a estimativa para 2018 situa-se nos 8,2%.
"A nossa previsão passou, assim, a ficar em linha com os 9,0% previstos pelo Banco de Portugal, afastando-se um pouco mais dos valores previstos pelo Governo (9,2% na Proposta de Orçamento do Estado para 2018) e pelo FMI (9,7%, nas suas previsões de 10 de Outubro)", refere o Departamento de Estudos do Montepio, assinalando que as sua nova estimativa para 2018 está em linha com o previsto pelo BdP, mas também inferior ao previsto pelo Governo (8,6%) e pelo FMI (9%).
A confirmar-se a descida para 9% este ano, a redução da taxa em 2017 será superior a dois pontos percentuais. No relatório de hoje, o Montepio recorda a evolução registada nos últimos anos: "Em termos anuais, depois de a taxa de desemprego se ter cifrado em 13,9% em 2014, diminuindo intensamente face aos 16,2% observados em 2013, assistiu-se a uma nova redução em 2015, para 12,4%, tendo voltado a diminuir em 2016, para 11,1%".
Crescimento do PIB acelera no terceiro trimestre
No que diz respeito à evolução do PIB, o Montepio manteve as suas estimativas, que apontam para um crescimento em cadeia entre 0,4% e 0,6%.
Esta estimativa aponta assim para uma aceleração face à subida de 0,3% observada no segundo trimestre. O Montepio reconhece a "existência de riscos ascendentes" a estas estimativas, dando conta existem "mais modelos a apontar para valores acima dos 0,5% (que mantemos como cenário central), do que abaixo".
A primeira estimativa para a evolução do PIB no terceiro trimestre será revelada amanhã pelo INE.