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Ministro da Economia promete dar "prioridade total à concertação social"
Álvaro Santos Pereira justifica substituições no seu Ministério, entre as quais a do secretário de Estado do Emprego, com a intenção de "dar uma prioridade total" ao processo de negociação com associações patronais e sindicatos.
O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, avalia a substituição de três dos seus secretários de Estado como um sinal de que o Governo quer “prioridade total” para o processo de concertação social com sindicatos e associações patronais.
A remodelação, declarou Álvaro Santos Pereira ao “Diário Económico”, visou “consolidar as reformas que já foram lançadas e estão em curso e dar uma prioridade total à concertação social”.
Recorde-se que a remodelação ontem revelada pela Presidência da República inclui a substituição do secretário de Estado do Emprego, Pedro Silva Martins, por Pedro Roque, assim como as saídas dos titulares das pastas do Empreendedorismo, Carlos Oliveira, e do Turismo, Cecília Meireles, com as entradas de Franquelim Alves e Adolfo Mesquita Nunes, respectivamente.
O processo de concertação social tem saído fragilizado nos últimos meses perante a incapacidade de Governo, trabalhadores e empresas chegarem a um consenso sobre as reformas laborais. A CGTP já não participou nas últimas reuniões em sede de concertação social. O seu secretário-geral, Arménio Carlos, comentou, sobre a remodelação, que “a questão não está nas pessoas, está nas políticas” e que acredita que Pedro Roque dará “sequência à política do Governo”.
Em matéria de concertação social, ainda ontem o presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), António Barros veio a público elogiar os “esforços” da UGT no processo e, ao mesmo tempo, afirmar que “há um excessivo protagonismo do Governo nesse mecanismo”. Segundo declarou o líder da AEP no Fórum Empreendedorismo, “o Governo devia ser um regulador e não um participante directo”.