Notícia
Mais de 80 mil empregos vão desaparecer em Portugal em dez anos devido à IA
Mercado de trabalho deverá encolher, apesar de a Inteligência Artificial também abrir a porta a novas oportunidades. Vários setores serão impactados mas de formas diferentes.
Comércio e reparação de veículos, indústrias transformadoras e educação. São estes os setores que mais vão sentir o impacto da Inteligência Artificial (IA) na próxima década, em Portugal, de acordo com o estudo da Randstat "A IA e o mercado de trabalho português".
Nas suas principais conclusões, o relatório diz que 1 em cada 5 dos profissionais entrevistados já utiliza IA no seu trabalho. Por outro lado, 60% reconhecem estar preocupados com a perspetiva de ficar sem trabalho.
Em relação a emprego concretamente, o estudo indica que os avanços tecnológicos neste setor vão fazer desaparecer perto de 481 mil empregos e criar outros 400 mil. No final, há uma perda líquida de 80,3 mil postos de trabalho. Aqui, os setores mais vulneráveis são os das atividades administrativas e das atividades informáticas e telecomunicações que poderiam ter potencialmente 18% e 17% dos seus processos automatizados.
Por outro lado, os setores onde se espera criação de emprego serão as atividades informáticas e telecomunicações (29% dos novos postos de trabalho) e as atividades de consultoria, científicas e técnicas (14%).
Relativamente ao aumento de produtividade estimado, será mais visível nos setores das atividades financeiras e de seguros e das atividades informáticas e telecomunicações (36%), seguido das atividades de consultoria, científicas e técnicas (27%).
"Num curto espaço de tempo, a inteligência artificial está a transformar a forma como trabalhamos com impacto direto em diversos setores de atividade. Ao mesmo tempo, a sua entrada cada vez mais massificada faz-nos colocar algumas questões éticas em cima da mesa", explica em comunicado Isabel Roseiro, diretora de marketing da Randstad.
"A verdade é que a utilização [da IA] tem também efeitos sócio-económicos nomeadamente no que diz respeito ao potencial de ganhos de eficiência, o facto de algumas empresas e trabalhadores poderem beneficiar desta nova tecnologia, mas também a possibilidade de outros perderem os seus empregos com a automatização de tarefas", acrescenta.
A análise foi dividida em três blocos: uma revisão de literatura - que recorre a resultados publicados por instituições como o World Economic Forum, a OCDE ou a Goldman Sachs; - a perspetiva quantitativa, para o mercado de trabalho português, com a identificação dos efeitos da IA na criação e destruição de emprego; e, por último, a perspetiva qualitativa, conseguida através de dois inquéritos para compreender a perceção e expetativas das empresas e profissionais portugueses, relativamente à influência da IA nos diferentes setores de atividade.
Nas suas principais conclusões, o relatório diz que 1 em cada 5 dos profissionais entrevistados já utiliza IA no seu trabalho. Por outro lado, 60% reconhecem estar preocupados com a perspetiva de ficar sem trabalho.
Por outro lado, os setores onde se espera criação de emprego serão as atividades informáticas e telecomunicações (29% dos novos postos de trabalho) e as atividades de consultoria, científicas e técnicas (14%).
Relativamente ao aumento de produtividade estimado, será mais visível nos setores das atividades financeiras e de seguros e das atividades informáticas e telecomunicações (36%), seguido das atividades de consultoria, científicas e técnicas (27%).
"Num curto espaço de tempo, a inteligência artificial está a transformar a forma como trabalhamos com impacto direto em diversos setores de atividade. Ao mesmo tempo, a sua entrada cada vez mais massificada faz-nos colocar algumas questões éticas em cima da mesa", explica em comunicado Isabel Roseiro, diretora de marketing da Randstad.
"A verdade é que a utilização [da IA] tem também efeitos sócio-económicos nomeadamente no que diz respeito ao potencial de ganhos de eficiência, o facto de algumas empresas e trabalhadores poderem beneficiar desta nova tecnologia, mas também a possibilidade de outros perderem os seus empregos com a automatização de tarefas", acrescenta.
A análise foi dividida em três blocos: uma revisão de literatura - que recorre a resultados publicados por instituições como o World Economic Forum, a OCDE ou a Goldman Sachs; - a perspetiva quantitativa, para o mercado de trabalho português, com a identificação dos efeitos da IA na criação e destruição de emprego; e, por último, a perspetiva qualitativa, conseguida através de dois inquéritos para compreender a perceção e expetativas das empresas e profissionais portugueses, relativamente à influência da IA nos diferentes setores de atividade.