Notícia
Há 9% de patrões que não autoriza o teletrabalho e 95% que não cobre custos associados
Quase um em cada dez trabalhadores assume não estar autorizado a ficar em teletrabalho pela entidade patronal, enquanto apenas 5% recebe uma compensação para cobrir os custos associados ao trabalho a partir de casa, conclui um inquérito da Fixando a 13.660 profissionais.
A maioria dos portugueses (63%) está satisfeita com o prolongamento do teletrabalho até 31 de dezembro de 2021, sendo que 56% considera muito positivo para a economia do país, 65% muito positivo para as empresas e 40% muito positivo para a saúde mental dos trabalhadores, revela um inquérito a 13.660 profissionais e utilizadores da plataforma de contratação de serviços locais Fixando.
Segundo o mesmo inquérito, realizado entre os dias 25 e 29 de março, 9% dos profissionais assumiu não estar autorizado a ficar em teletrabalho pela entidade patronal, sendo que 41% da amostra está a trabalhar a partir de casa, e destes apenas 5% recebe uma compensação da sua entidade patronal para cobrir os custos associados ao teletrabalho, avança a Fixando, em comunicado.
Inquiridos sobre as vantagens do teletrabalho, dois terços (66%) responderam à cabeça "redução do risco de contágio por covid-19".
A redução das despesas em deslocação (52%) e do tempo de deslocação (42%), além de horários mais flexíveis (35%) e mais tempo de qualidade com a família (33%) foram outras vantagens assinaladas.
Já quando questionados sobre as desvantagens do teletrabalho, a maioria sinalizou o isolamento social (56%) e o aumento das despesas em eletricidade, água e gás (54%).
Também indicaram a (fraca) qualidade da internet (26%), a falta de material de trabalho adequado (24%) e o aumento das despesas relacionadas com bens essenciais (24%).
"Desde o primeiro confinamento que a Fixando disponibiliza serviços remotos de forma a assegurar a continuidade e sobrevivência dos negócios dos profissionais em tempos de pandemia. Permite também que os clientes possam continuar a usufruir de todos os serviços em segurança", afirma, a propósito, Alice Nunes, diretora de novos negócios da Fixando.
De acordo com esta plataforma, a procura de serviços remotos registou um crescimento na ordem dos 900% em março de 2021 face ao mesmo período do ano passado.