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CDS quer formações do IEFP em função da empregabilidade

Os centristas propõem que o IEFP divulgue a taxa de empregabilidade das formações para fomentar a competitividade entre centros e adequar as qualificações exigidas pela economia digital.

Miguel Baltazar/Negócios
28 de Junho de 2019 às 00:01
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Adaptar a oferta de formação profissional às exigências do século XXI e, assim, responder aos desafios da economia digital, é uma das propostas que o CDS vai incluir no programa de Governo.

Esta sexta-feira, o CDS revela a quarta proposta que vai constar do programa eleitoral para as legislativas - já apresentou duas na área da saúde e uma sobre o Fisco - que apresenta como uma "revolução na formação profissional".

A equipa responsável pelo programa, coordenada pelo ex-vice-presidente Adolfo Mesquita Nunes, quer que as taxas de empregabilidade e a remuneração média do primeiro emprego após a conclusão das formações dadas pelo IEFP e centros de formação sejam tornadas públicas, o que exige a elaboração de um ranking. Através deste será possível promover a "concorrência entre os centros" e garantir às pessoas uma "escolha mais livre e informada", explica Mesquita Nunes ao Negócios.

Numa fase posterior, o partido liderado por Assunção Cristas pretende discriminar positivamente os centros que detenham as formações com melhores níveis de empregabilidade no acesso a financiamentos comunitários.

Já para providenciar uma melhor adequação das formações à oferta e necessidades de emprego, o CDS defende a "atualização urgente" do Catálogo Nacional de Qualificações, ação que deve ser feita após a devida auscultação dos parceiros sociais. Doutra forma, está-se a "formar pessoas para o passado", sustentam os centristas. A reformulação desta espécie de currículos é determinante, diz o coordenador do programa do CDS, para fazer face às novas necessidades e mitigar a atual dessintonia entre a oferta ao nível das formações e a oferta da economia.

Nesse sentido, a formação que garante maior envolvimento do tecido empresarial como é o caso dos Centros de Formação e dos Centros de Formação de Gestão Participada deve ser "valorizada", evitando-se que a "formação se faça com base na oferta e não na procura".

Em suma, o CDS pretende que as formações profissionais respondam às necessidades, em concreto das indústrias exportadoras com dificuldades para encontrar mão de obra qualificada, e aos desafios provocados pela digitalização da economia, consagrando, em paralelo, a liberdade de escolha. 

Para concretizar estes objetivos, o CDS considera ser preciso formar ou contratar formadores com tais competências.

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