O líder parlamentar social-democrata, Paulo Rangel, garantiu que o PSD está disponível para alterar os aspectos da Lei do financiamento dos partidos contestados pelo Presidente da República, uma vez que esteve contra eles, embora tenha dado “luz verde” ao diploma.

"O PSD nunca pretendeu que estas alterações que motivaram o veto do senhor Presidente da República fossem avante", declarou Paulo Rangel citado pela Lusa. Segundo o líder parlamentar, o PSD "aceitou apenas isso em última instância, para garantir um consenso unânime, mas nunca foi a favor, pelo contrário, até foi contra".

De acordo com Rangel, Cavaco Silva pôs em causa no seu veto “aspectos colocados apenas por um partido, o PCP”, e que o PSD aceitou no pressuposto de que não permitiam "uma utilização perversa". “Uma vez que o senhor Presidente da República entende que é susceptível de gerar essa utilização disfuncional nós estamos perfeitamente disponíveis para alterar essa posição”, concluiu.

A nova Lei do financiamento dos partidos políticos sobe em mais de um milhão de euros, de 22.500 para 1.257.660 euros, o limite das entradas em dinheiro vivo nos partidos. Um aumento de mais de 55 vezes em relação ao tecto actual e que se aplica às quotas e contribuições dos militantes e ao produto das actividades de angariação de fundos.