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Metade dos portugueses está a fazer formação ao longo da vida
Ao longo da última década, o peso da formação ao longo da vida tem vindo a aumentar. A educação não formal, ligada à vida profissional, é um factor a impulsionar o cenário.
Os portugueses participaram mais em actividades de aprendizagem ao longo da vida durante a última década. Em 2016, esse peso era de 3,2 milhões de pessoas ou 50,2%, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os valores contrastam com os 2,1 milhões e 30,9% registados em 2007. A evolução fica sobretudo a dever-se à edução não formal – aquela que não implica a atribuição de um nível escolar – que é justificada, quase na totalidade, por uma ligação à actividade profissional.
Das pessoas que fizeram educação formal, aquela que implica um nível, em 2016 a maioria optou pelo ensino superior (66%). Outros 30% recorreram ao ensino secundário ou pós-secundário.
O retrato do INE mostra a participação em actividades de aprendizagem ao longo da vida é maior em Lisboa e no Centro. Contudo, a Madeira é a região que maior crescimento registou em dez anos, passando esse peso de 20% para 45%.
Quanto maior o nível de formação, maior a subida nos prémios salariais: 15% para primeiro ciclo, 71% ensino secundário ou pós-secundário, 136% para uma pessoa que completou o ensino superior, mostra o mesmo relatório.
Sete em cada dez adultos portugueses conhecem pelo menos uma língua estrangeira, com preferência para o inglês. Seguem-se, à distância, o francês e o espanhol.
O INE diz ainda que o nível de escolaridade da mãe tem maior impacto, em comparação com o pai, na probabilidade de uma pessoa ter ensino superior.