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Marcelo defende que sistema de propinas "não deu certo" e pede debate sereno

O Presidente da República defendeu que "há que pensar serenamente e debater serenamente, a pensar em daqui a dez anos", referindo-se à discussão sobre as propinas no ensino superior.

Lusa
10 de Janeiro de 2019 às 19:54
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O Presidente da República voltou a explicar a sua posição sobre as propinas, defendendo que a realidade mostrou que o sistema português "não deu certo", e pediu um debate sereno, a pensar a dez anos.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, "20 anos depois, a realidade mostrou que não se melhorou, que não deu certo aquilo que se pensava que iria dar certo em termos de transição do secundário para o superior, não provou bem".

"E, portanto, há que pensar serenamente e debater serenamente, a pensar em daqui a dez anos", acrescentou, em resposta aos jornalistas, à saída de uma iniciativa na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

No seu entender, deve-se ponderar se não é melhor "mudar de caminho e aproximar-se de países, que os há, nomeadamente os países nórdicos, que do ponto de vista de homogeneidade social, desenvolvimento humano e de qualificações vão muito mais longe" do que Portugal.

O chefe de Estado foi questionado sobre este tema tendo em conta a posição que assumiu na terça-feira, quando disse concordar "totalmente" com a ideia de se caminhar para o fim das propinas, e referiu que já a tinha explicado, através de uma nota, na quarta-feira.

No entanto, dispôs-se a repetir essa explicação, "que se resume numa palavra", e começou por enquadrar o seu posicionamento sobre as propinas quando liderou o PSD, há 20 anos, e o PS estava no Governo: "A minha posição era de abstenção e o partido absteve-se".

Na altura, o PSD "não apoiou a legislação que foi aprovada, mas absteve-se", frisou.

Entretanto, "a realidade mostrou que não se melhorou, que não deu certo", e, face a isso, "há que pensar serenamente e debater serenamente", prosseguiu Marcelo Rebelo de Sousa.

"Esse debate está aberto, há que travá-lo calmamente, no futuro. Não há que dramatizá-lo. Não é para este orçamento, não é para amanhã, nem depois de amanhã. É apenas retirar as lições de não ter funcionado aquilo que se pensava que podia ter funcionado", insistiu.
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