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Governo entrega mais 43 milhões de euros aos colégios privados

António Costa assinou a transferência das verbas para os próximos dois anos letivos relativas aos polémicos contratos de associação, que compensam as carências identificadas na rede pública de ensino.

15 de Junho de 2020 às 12:26
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O Governo acaba de autorizar a transferência de 42,9 milhões de euros para os colégios privados com contratos de associação, que assim asseguram o ensino gratuito aos seus alunos, para o ciclo que abrange os dois próximos anos letivos.

 

Sem detalhar o número de turmas e de escolas abrangidas, o Executivo frisa apenas que "na sequência da análise da rede escolar para o ano letivo de 2020/2021, foram identificadas áreas geográficas carenciadas de oferta pública escolar, o que constitui uma falha de rede que urge colmatar" por esta via.

 

O corte nestes contratos, aprovado na anterior legislatura e alvo de vários protestos de rua, fez com que o total de turmas financiadas caísse de 1.684 em 2015/2016 para 532 no ano letivo que está agora a terminar. Segundo a Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE), a poupança para os cofres do Estado com esse corte de mais de mil turmas em cinco anos aproximou-se dos 100 milhões de euros.

 

Numa resolução do Conselho de Ministros assinada pelo primeiro-ministro e publicada em Diário da República esta segunda-feira, 15 de junho, é definido que os encargos financeiros resultados destes contratos não podem exceder os 5,4 milhões em 2020, 16,3 milhões em 2021, 14,3 milhões em 2022 e quase 7 milhoes de euros em 2022.

 

No Orçamento do Estado para 2020, aprovado em fevereiro com a abstenção dos partidos da esquerda, o Governo previa uma poupança de cerca de oito milhões de euros com a eliminação de mais de uma centena de turmas nos estabelecimentos particulares abrangidos por estes contratos de associação.

 

A última lista elaborada pela DGAE relativa à celebração de contratos de associação, divulgada em julho de 2019, mostra que os colégios privados candidataram 258 turmas de início de ciclo (5.º, 7.º e 10.º ano) para serem financiadas pelo Estado entre 2019/2020 e 2021/2022, mas o Ministério tutelado por Tiago Brandão Rodrigues só aprovou a atribuição de contratos de associação a 195 turmas.

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