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Portugal ocupa 6.ª posição na avaliação da literacia financeira dos jovens

Entre os alunos portugueses, 8,3% atingiram o nível mais elevado de competências, o que significa que conseguem compreender um conjunto alargado de conceitos financeiros, alguns dos quais relevantes para eles no longo prazo, sendo também capazes de resolver problemas financeiros não triviais. Este valor compara com 10,5% da média da OCDE.

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Bruno Colaço
25 de Maio de 2020 às 20:56
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Portugal participou pela primeira vez, em 2018 – através do Ministério da Educação –, no exercício de avaliação de literacia financeira do Programme for International Student Assessment (PISA), tendo ficado na 6.ª posição.

 

Entre os 20 países analisados, Portugal surge em 6.º lugar na percentagem de estudantes que possuem capacidades financeiras básicas (86%) %), o que significa que têm a capacidade de compreender e aplicar conceitos financeiros básicos com os quais se confrontam no dia a dia, nomeadamente elaborar um orçamento e realizar operações financeiras simples. Estes resultados estão em linha com os da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

 

O país ocupa ainda 7.º lugar no indicador global de literacia financeira (com 505 pontos), o que o coloca igualmente em linha com a média da OCDE.

 

Entre os alunos portugueses, 8,3% atingiram o nível mais elevado de competências, o que significa que conseguem compreender um conjunto alargado de conceitos financeiros, alguns dos quais relevantes para eles no longo prazo, sendo também capazes de resolver problemas financeiros não triviais. Este valor compara com 10,5% da média da OCDE.

 

Os resultados do PISA indicam ainda que muitos destes jovens são já utilizadores de serviços financeiros e, consequentemente, enfrentam decisões financeiras.

 

As atitudes e os comportamentos financeiros dos alunos portugueses tendem a ser prudentes, acima dos da média da OCDE e ocupando sempre uma das primeiras três posições relativamente a todos os países participantes.

 

Os alunos portugueses gostam de falar sobre questões de dinheiro (64,4%) e, regra geral, já gerem o seu dinheiro (88,8%).

 

A generalidade dos alunos portugueses verifica o dinheiro que tem e o troco (94% em ambos os casos, sendo a percentagem mais alta de todos os países em análise). A maioria (82,7%) compara os preços entre lojas antes de comprar um produto com o seu dinheiro e 71,2% esperam que o produto fique mais barato.

 

Os resultados do PISA 2018 evidenciam que, em todos os países, existe ainda uma grande margem de melhoria no nível de literacia financeira dos alunos, o que reforça a necessidade de continuar a apostar na educação financeira nas escolas.

 

Além de promoverem a literacia financeira, as escolas desempenham também um papel fundamental na criação de uma sociedade mais igualitária, uma vez que o contexto socioeconómico dos estudantes continua a ser um dos fatores que mais influenciam os níveis de literacia financeira.

 

Este inquérito trienal, organizado pela OCDE, avalia os conhecimentos e as competências dos estudantes de 15 anos dos países participantes considerados essenciais para a tomada de decisões financeiras na sua vida atual e à medida que entram na vida adulta.

 

Cerca de 117 mil estudantes foram avaliados em literacia financeira em 2018, nos 20 países participantes, dos quais 13 países da OCDE, incluindo Portugal.

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