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Fenprof volta a avançar com providências contra prova
Nuno Crato surpreendeu docentes e directores de escolas com a marcação da prova de avaliação dos docentes para terça-feira, 22 de Julho. Sindicatos já anunciaram que vão interpor providências. A novela repete-se.
A guerra em torno da prova de avaliação de conhecimentos e capacidades (PACC) dos docentes continua. Uma nova batalha foi iniciada com a publicação do despacho, esta quinta-feira, que agenda a prova de conhecimentos comuns para terça-feira, 22 de Julho. O diploma apanhou todos desprevenidos. Sem tempo para marcar greve para o dia, a Fenprof já disse que vai avançar esta sexta-feira com providências cautelares e que vai marcar reuniões sindicais para o dia da prova. São também esperados boicotes.
"Este é um comportamento politicamente e eticamente reprovável e desqualificado", criticou Mário Nogueira, da Fenprof, que falou ainda em "desprezo" pelos docentes e anunciou a entrega de providências cautelares por todo o País, bem como a realização de reuniões sindicais no dia da prova.
Este é um comportamento politicamente e eticamente reprovável e desqualificado.
Mário Nogueira, Secretário-geral da Fenprof
O movimento "Boicote&Cerco" também já anunciou que vai dinamizar "várias acções de luta" contra a prova. E tanto a Associação Nacional dos Professores Contratados como o Sindicato Nacional dos Professores Licenciados criticaram a marcação da prova com três dias úteis de antecedência e disseram que muitos desses professores estão de férias. O PCP já pediu a presença de Crato no Parlamento.
Em conferência ao final do dia o secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho, sobre os boicotes e providências apenas disse que "qualquer atitude dessa natureza porá em causa o direito daqueles que querem realizar a prova. Não estou a ver que professores prejudiquem professores", declarou.
João Grancho, Secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário
Já em Dezembro, a primeira fase desta prova ficou marcada por greve e boicotes, que impediram cerca de 4.000 dos 13.500 docentes inscritos de a realizar. Agora, esses contratados com menos de cinco anos de profissão terão uma segunda hipótese. Os docentes dependem desta prova para poderem dar aulas no próximo ano lectivo. O processo atrasou por causa das providências interpostas pela Fenprof que suspenderam o processo até Junho.