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Xi Jinping diz que economia chinesa pode duplicar até 2035
O presidente chinês acredita que a economia poderá duplicar nos próximos 15 anos, e atingir o nível de uma economia avançada até 2025.
O presidente Xi Jinping acredita que a economia chinesa poderá duplicar até 2035 e que o país atingirá um estatuto de rendimento elevado nos próximos cinco anos.
"É perfeitamente possível alcançar o estatuto de país de rendimento elevado pelos padrões atuais até ao final do 14.º Plano Quinquenal e duplicar o produto total ou rendimento per capita até 2035", disse Xi num discurso ao Comité Central do partido, citado pela agência de notícias estatal Xinhua.
As palavras do governante vão ao encontro dos objetivos traçados no 15.º Plano Quinquenal para a economia chinesa, debatido no plenário do Partido Comunista chinês, na semana passada, e cujas linhas gerais foram conhecidas na quinta-feira.
Ao contrário do anterior plano quinquenal, que procurava alcançar um "crescimento médio a alto" para construir uma "sociedade moderadamente próspera", este plenário concentrou-se na qualidade e não no ritmo de crescimento da economia.
Ainda assim, e mesmo o plano não traçando uma meta concreta para o crescimento do PIB, o governo chinês mantém perspetivas ambiciosas que, a concretizarem-se, levarão a China a tomar o lugar dos Estados Unidos como a maior economia do mundo.
De acordo com o comunicado do Comité Central do Partido Comunista, o tamanho total da economia e o rendimento per capita da China "irão subir para um novo grande nível" em 2035, com melhorias significativas no seu poder económico e tecnológico.
O produto interno bruto (PIB) per capita da China alcançará o de um "país avançado de nível médio", com um grupo maior de classe média no país e "novas vantagens competitivas" no exterior, segundo o comunicado, que evidencia a tónica num crescimento sustentável e no desenvolvimento de um mercado interno robusto.
O novo plano também eleva a autossuficiência da China em tecnologia a um pilar estratégico nacional, que muito depende da autossuficiência em chips.
"Com grandes avanços em tecnologias essenciais em áreas-chave, a China tornar-se-á um líder global em inovação", de acordo com o comunicado publicado pela Xinhua.
Os esforços de Pequim estão a ganhar cada vez mais urgência à medida que os EUA procuram conter a ascensão do seu rival geopolítico. Os EUA pressionaram os aliados para evitarem equipamentos da Huawei, impediram dezenas das maiores empresas de tecnologia da China de comprar peças americanas e impuseram proibições relacionadas à TikTok da ByteDance e ao WeChat da Tencent.