Notícia
Wellink apela à duplicação do fundo de resgate da Zona Euro
O membro do BCE diz que um segundo pacote de ajuda à Grécia poderá contagiar Portugal e a Irlanda, que poderão precisar também de mais dinheiro. É por isso necessário que o MEE passe de 750 mil milhões para 1,5 biliões de euros.
O Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), que em 2013 vai substituir um dos dois instrumentos de financiamento da UE – o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) – deverá duplicar a sua linha de crédito para 1,5 biliões de euros se os políticos quiserem que os investidores do sector privado participem num segundo resgate à Grécia, defende Nout Wellink (na foto), membro do conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE).
Wellink disse em entrevista ao jornal holandês “Het Financieele Dagblad” que um novo pacote de ajuda à Grécia acarretará tantas incertezas e riscos que será necessário duplicar o fundo de resgate europeu, para tomar em consideração o risco de contágio a Portugal e à Irlanda.
“Se tivermos em conta estes riscos, será preciso criar uma rede de segurança”, afirmou Wellink, que é também o presidente do banco central holandês.
“Se as coisas correrem mal, teremos que responder por isso. Se as agências de ‘rating’ virem um ‘rollover’ [(renovação das linhas de crédito; os governos assumem nova dívida para pagar a antiga)] da dívida grega como um ‘default’ parcial, haverá um contágio a outros países da periferia da Zona Euro”, advertiu.
O governador do BCE disse ainda que está aberto a qualquer variante que não tenha consequências no mercado. “Mas sei que estamos a patinar sobre gelo muito fino”, comentou. “Se estivermos em risco de nos afundarmos no gelo, então precisamos de uma grande rede de segurança. O fundo deverá ser de 1,5 biliões de euros e deverá haver uma maior flexibilidade na forma como o dinheiro pode ser gasto”, acrescentou Wellink ao jornal holandês.
O MEE, que será o novo Mecanismo Permanente de resgate para a Zona Euro a partir de 2013, em substituição do temporário FEEF, conta com 750 mil milhões de euros de linha de crédito de emergência por parte da UE e do FMI.
Recorde-se que a União Europeia já dispõe há muitos anos de um mecanismo de estabilidade financeira para acudir os Estados em situações extraordinárias, que é o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF). Este mecanismo não se estendia aos países do euro, mas desde o ano passado que também pode ajudar nações da Zona Euro, tendo o seu orçamento sido elevado para 60 mil milhões de euros.
O FEEF, por seu lado, só foi criado em Maio de 2010, em plena crise grega, podendo angariar até 440 mil milhões de euros. Com a participação do FMI, o total das ajudas ascende a 750 mil milhões de euros.
Wellink disse em entrevista ao jornal holandês “Het Financieele Dagblad” que um novo pacote de ajuda à Grécia acarretará tantas incertezas e riscos que será necessário duplicar o fundo de resgate europeu, para tomar em consideração o risco de contágio a Portugal e à Irlanda.
“Se as coisas correrem mal, teremos que responder por isso. Se as agências de ‘rating’ virem um ‘rollover’ [(renovação das linhas de crédito; os governos assumem nova dívida para pagar a antiga)] da dívida grega como um ‘default’ parcial, haverá um contágio a outros países da periferia da Zona Euro”, advertiu.
O governador do BCE disse ainda que está aberto a qualquer variante que não tenha consequências no mercado. “Mas sei que estamos a patinar sobre gelo muito fino”, comentou. “Se estivermos em risco de nos afundarmos no gelo, então precisamos de uma grande rede de segurança. O fundo deverá ser de 1,5 biliões de euros e deverá haver uma maior flexibilidade na forma como o dinheiro pode ser gasto”, acrescentou Wellink ao jornal holandês.
O MEE, que será o novo Mecanismo Permanente de resgate para a Zona Euro a partir de 2013, em substituição do temporário FEEF, conta com 750 mil milhões de euros de linha de crédito de emergência por parte da UE e do FMI.
Recorde-se que a União Europeia já dispõe há muitos anos de um mecanismo de estabilidade financeira para acudir os Estados em situações extraordinárias, que é o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF). Este mecanismo não se estendia aos países do euro, mas desde o ano passado que também pode ajudar nações da Zona Euro, tendo o seu orçamento sido elevado para 60 mil milhões de euros.
O FEEF, por seu lado, só foi criado em Maio de 2010, em plena crise grega, podendo angariar até 440 mil milhões de euros. Com a participação do FMI, o total das ajudas ascende a 750 mil milhões de euros.