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UE renova por mais seis meses sanções económicas à Rússia

A União Europeia decidiu, esta sexta-feira, prolongar até 31 de julho de 2023 as sanções que visam setores específicos da economia russa, em vigor desde 2014, por ocasião da anexação da Crimeia. E saudou as novas sanções hoje anunciadas pelo Japão.

Lusa_EPA/reuters
Lusa 27 de Janeiro de 2023 às 13:16
Num comunicado, o Conselho da União Europeia (UE) divulga ter decidido prolongar por seis meses as sanções adotadas pela primeira vez em 2014, em resposta às ações da Rússia para destabilizar a situação na Ucrânia, com a anexação ilegal da península da Crimeia, e agravadas após a ofensiva militar lançada em fevereiro de 2022.

Atualmente, estas sanções incluem, nomeadamente, restrições às importações e transporte marítimo de crude e certos produtos petrolíferos russos para a UE, a proibição de aceder ao sistema de transações financeiras SWIFT (sigla de "Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication") para determinados bancos russos e a suspensão das atividades de difusão e das licenças de meios de comunicação usados pelo Kremlin (Presidência russa) como instrumentos para manipular informações e promover a desinformação, segundo enumerou a mesma nota informativa.

A UE saudou ainda as novas sanções hoje anunciadas pelo Japão, em particular o reforço da proibição de exportações de componentes que podem ser utilizados por Moscovo na sua agressão militar à Ucrânia.

"A UE congratula-se com a decisão hoje tomada pelo Japão de alinhar ainda mais os seus controlos de exportação com aqueles praticados pela UE, seus aliados e parceiros", lê-se num comunicado divulgado em Bruxelas pela Comissão Europeia.

Apontando que o Japão "está a reforçar os seus controlos de exportação de tecnologias sensíveis como parte de um esforço global sem precedentes e coordenado para assegurar a eficácia das sanções contra a Rússia", a União Europeia sublinha que a decisão enquadra-se num esforço conjunto da UE e dos seus parceiros internacional para privar Moscovo de "tecnologias sensíveis que correm o risco de ser utilizadas para alimentar a agressão injustificada da Rússia contra a Ucrânia ou para apoiar o complexo militar-industrial da Rússia".

"As nossas sanções reduziram a possibilidade de exportar bens de dupla utilização para a Rússia, limitando severamente o acesso da Rússia a uma vasta gama de tecnologias avançadas, incluindo drones, software para dispositivos de encriptação, semicondutores, e químicos utilizados para a produção de armas e sistemas militares", conclui o comunicado.

O Governo japonês anunciou hoje novas sanções contra altos responsáveis políticos e militares russos, bem como uma proibição adicional das exportações japonesas de componentes que poderiam ser utilizados no esforço de guerra.

As medidas congelam bens de 36 indivíduos e de três organizações, incluindo os do ministro da Justiça russo, Konstantin Chuichenko, e de vários vice-ministros, secretários de Estado e altas patentes militares. Entre os alvos das sanções estão também líderes políticos das autoproclamadas repúblicas pró-russas na Ucrânia, bem como pessoas próximas do oligarca Suleiman Kerimov, considerado uma figura próxima do Presidente russo, Vladimir Putin, também ele sujeito a sanções japonesas desde março.

O Japão decidiu ainda proibir as exportações para 49 organizações ligadas à invasão da Ucrânia e proibir a venda de certos componentes, sendo que Tóquio já não permitia remessas de semicondutores e outras peças e dispositivos tecnológicos.

O objetivo é impedir a utilização destes componentes no fabrico de gás lacrimogéneo e dispositivos automatizados que possam ser usados pelas forças russas, disse hoje o porta-voz adjunto do Governo, Seiji Kihara.
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