Notícia
Exportações da UE para a Rússia caíram 37% em nove meses de guerra
Importações europeias à Federação Russa tiveram um aumento de 33%, que é explicado, em grande medida, pela inflação. Mas o peso da Rússia nas importações e exportações extra-UE tem vindo a diminuir significativamente desde fevereiro. Défice comercial da UE com a Rússia fixou-se em 9,7 mil milhões em setembro.
As exportações de bens da União Europeia (UE) para a Rússia caíram 37%, em termos nominais, nos primeiros nove meses de guerra, segundo cálculos feitos pelo Negócios com base nos dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat. Por outro lado, as importações aumentaram. Mas tanto o peso das exportações como das importações da Rússia diminuiu.
Os dados do Eurostat, ajustados de sazonalidade, mostram que em fevereiro, mês em que se iniciou a invasão russa da Ucrânia, eram exportados da UE para a Rússia 6,623 mil milhões de euros em bens. Com o início do conflito e os sucessivos pacotes de sanções que se seguiram, esse valor caiu para 4,169 mil milhões em outubro.
Já as importações da UE à Rússia passaram de 9,888 mil milhões de euros em fevereiro, para 13,161 mil milhões em outubro. Ou seja, em nove meses de guerra, as importações europeias à Federação Russa tiveram um aumento de 33%, que é explicado, em grande medida, pela inflação, que levou a um disparo das mercadorias compradas.
O Eurostat dá conta, no entanto, que o peso da Rússia nas importações extra-UE tem vindo a diminuir significativamente desde fevereiro. Entre fevereiro e setembro, o peso da Rússia caiu de 6,4% para 3,8% nas importações extra-UE. Em igual período, o peso da Rússia nas exportações extra-UE passou de 2,3% em fevereiro para 1,1% em setembro.
Face a isso, o défice comercial da UE com a Rússia atingiu o pico em março de 2022, em 19,6 mil milhões de euros. Nos meses seguintes foi-se reduzindo ligeiramente e, em setembro, fixou-se em 9,7 mil milhões.
"O comércio da UE com a Rússia foi fortemente afetado após a invasão da Ucrânia pela Rússia, com a UE a impor restrições à importação e exportação de vários produtos. Os efeitos dessas medidas têm sido particularmente visíveis nos últimos meses", explica a autoridade estatística europeia.
No que toca às importações da UE à Rússia, houve um "forte declínio" no peso do carvão, gás natural, petróleo, fertilizantes, ferro e aço comprados à Rússia. As maiores quedas foram registadas no carvão (de 45% em 2021 para 13% no terceiro trimestre de 2022), gás natural (de 36% para 18%), fertilizantes (de 29% para 17%) e ferro e aço (de 16% para 5%).
Já o peso do níquel comprado à Rússia "aumentou ligeiramente" nas importações extra-UE.
Os dados do Eurostat, ajustados de sazonalidade, mostram que em fevereiro, mês em que se iniciou a invasão russa da Ucrânia, eram exportados da UE para a Rússia 6,623 mil milhões de euros em bens. Com o início do conflito e os sucessivos pacotes de sanções que se seguiram, esse valor caiu para 4,169 mil milhões em outubro.
O Eurostat dá conta, no entanto, que o peso da Rússia nas importações extra-UE tem vindo a diminuir significativamente desde fevereiro. Entre fevereiro e setembro, o peso da Rússia caiu de 6,4% para 3,8% nas importações extra-UE. Em igual período, o peso da Rússia nas exportações extra-UE passou de 2,3% em fevereiro para 1,1% em setembro.
Face a isso, o défice comercial da UE com a Rússia atingiu o pico em março de 2022, em 19,6 mil milhões de euros. Nos meses seguintes foi-se reduzindo ligeiramente e, em setembro, fixou-se em 9,7 mil milhões.
"O comércio da UE com a Rússia foi fortemente afetado após a invasão da Ucrânia pela Rússia, com a UE a impor restrições à importação e exportação de vários produtos. Os efeitos dessas medidas têm sido particularmente visíveis nos últimos meses", explica a autoridade estatística europeia.
No que toca às importações da UE à Rússia, houve um "forte declínio" no peso do carvão, gás natural, petróleo, fertilizantes, ferro e aço comprados à Rússia. As maiores quedas foram registadas no carvão (de 45% em 2021 para 13% no terceiro trimestre de 2022), gás natural (de 36% para 18%), fertilizantes (de 29% para 17%) e ferro e aço (de 16% para 5%).
Já o peso do níquel comprado à Rússia "aumentou ligeiramente" nas importações extra-UE.