Notícia
Rússia aumenta receitas de petróleo e gás apesar da guerra e de sanções
Na previsão do desenvolvimento socioeconómico para 2023-2025, o Ministério do Desenvolvimento Económico da Federação Russa antecipou um aumento de 12,1 milhões de toneladas na produção de petróleo, para 243,1 milhões de toneladas.
16 de Janeiro de 2023 às 13:45
As receitas de petróleo e gás da Rússia aumentaram 28% em 2022, apesar das sanções pela invasão da Ucrânia e de medidas ocidentais para reduzir a dependência energética de Moscovo, anunciou esta segunda-feira o Governo russo.
O vice-primeiro-ministro Alexander Novak disse que o aumento se traduziu em 2,5 biliões de rublos (33,7 mil milhões de euros, ao câmbio atual).
Na indústria do petróleo, a produção aumentou 2% no ano passado, para 535 milhões de toneladas, e as exportações cresceram 7%.
Estes resultados foram alcançados "apesar das ações dos países hostis e das restrições de sanções", disse Novak durante uma reunião entre o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, e os seus vários vice-primeiros-ministros, segundo a agência espanhola EFE.
De acordo com a agência noticiosa oficial TASS, a Rússia exportou 231 milhões de toneladas de petróleo em 2021.
Novak disse à TASS, em dezembro, que a Rússia planeia aumentar as exportações de petróleo para 260 milhões de toneladas até 2025, sobretudo com vendas aos países asiáticos.
Na previsão do desenvolvimento socioeconómico para 2023-2025, o Ministério do Desenvolvimento Económico da Federação Russa antecipou um aumento de 12,1 milhões de toneladas na produção de petróleo, para 243,1 milhões de toneladas.
Em retaliação por ter invadido a Ucrânia, em 24 de fevereiro do ano passado, a Rússia tem sido alvo de sucessivos pacotes de sanções económicas por parte dos aliados ocidentais de Kiev.
Uma dessas medidas é a imposição de um limite de 60 dólares por barril no petróleo bruto russo para minar as receitas do Estado que lhe permitem financiar a guerra na Ucrânia.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou a medida por considerá-la insuficiente para prejudicar a economia russa, noticiou, em dezembro, o jornal russo Novaya Gazeta Europe, crítico de Moscovo.
A Ucrânia e a Polónia pretendiam que o limite correspondesse a metade do que foi aprovado, segundo o mesmo jornal.
Para diminuir a excessiva dependência dos fornecimentos energéticos russos e fazer face a cortes retaliatórios de Moscovo, a União Europeia (UE) e muitos países europeus também têm procurado mercados alternativos, incluindo Estados Unidos e Médio Oriente.
Novak reconheceu que a produção de gás diminuiu como resultado das sanções ocidentais e do que descreveu como sabotagem dos gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2, que o Ocidente suspeita ter resultado de uma ação de Moscovo.
Mas, ao mesmo tempo, a produção e exportação de gás natural liquefeito (GNL) aumentou 8%, disse o vice-primeiro-ministro russo.
Segundo Novak, as exportações de GNL atingiram 46 mil milhões de metros cúbicos em 2022.
Para compensar a perda de exportações para a Europa, a Rússia encontrou na China um grande comprador do seu gás, que atingiu um recorde de 15,5 mil milhões de metros cúbicos no ano passado.
Trata-se de um aumento de 49% em relação a 2021, de acordo com os números oficiais russos.
Novak admitiu ainda que as exportações de carvão russo, sujeitas a um embargo da UE desde agosto passado, caíram 7,6% em 2022.
O vice-primeiro-ministro Alexander Novak disse que o aumento se traduziu em 2,5 biliões de rublos (33,7 mil milhões de euros, ao câmbio atual).
Estes resultados foram alcançados "apesar das ações dos países hostis e das restrições de sanções", disse Novak durante uma reunião entre o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, e os seus vários vice-primeiros-ministros, segundo a agência espanhola EFE.
De acordo com a agência noticiosa oficial TASS, a Rússia exportou 231 milhões de toneladas de petróleo em 2021.
Novak disse à TASS, em dezembro, que a Rússia planeia aumentar as exportações de petróleo para 260 milhões de toneladas até 2025, sobretudo com vendas aos países asiáticos.
Na previsão do desenvolvimento socioeconómico para 2023-2025, o Ministério do Desenvolvimento Económico da Federação Russa antecipou um aumento de 12,1 milhões de toneladas na produção de petróleo, para 243,1 milhões de toneladas.
Em retaliação por ter invadido a Ucrânia, em 24 de fevereiro do ano passado, a Rússia tem sido alvo de sucessivos pacotes de sanções económicas por parte dos aliados ocidentais de Kiev.
Uma dessas medidas é a imposição de um limite de 60 dólares por barril no petróleo bruto russo para minar as receitas do Estado que lhe permitem financiar a guerra na Ucrânia.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou a medida por considerá-la insuficiente para prejudicar a economia russa, noticiou, em dezembro, o jornal russo Novaya Gazeta Europe, crítico de Moscovo.
A Ucrânia e a Polónia pretendiam que o limite correspondesse a metade do que foi aprovado, segundo o mesmo jornal.
Para diminuir a excessiva dependência dos fornecimentos energéticos russos e fazer face a cortes retaliatórios de Moscovo, a União Europeia (UE) e muitos países europeus também têm procurado mercados alternativos, incluindo Estados Unidos e Médio Oriente.
Novak reconheceu que a produção de gás diminuiu como resultado das sanções ocidentais e do que descreveu como sabotagem dos gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2, que o Ocidente suspeita ter resultado de uma ação de Moscovo.
Mas, ao mesmo tempo, a produção e exportação de gás natural liquefeito (GNL) aumentou 8%, disse o vice-primeiro-ministro russo.
Segundo Novak, as exportações de GNL atingiram 46 mil milhões de metros cúbicos em 2022.
Para compensar a perda de exportações para a Europa, a Rússia encontrou na China um grande comprador do seu gás, que atingiu um recorde de 15,5 mil milhões de metros cúbicos no ano passado.
Trata-se de um aumento de 49% em relação a 2021, de acordo com os números oficiais russos.
Novak admitiu ainda que as exportações de carvão russo, sujeitas a um embargo da UE desde agosto passado, caíram 7,6% em 2022.