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Kremlin recebeu 800 milhões em taxas de bancos ocidentais na Rússia

Valor das taxas que os bancos europeus que ainda mantêm operações na Rússia pagaram no ano passado foi quatro vezes superior ao pago em 2021, antes da invasão da Ucrânia. Motivo prende-se com lucros mais elevados, devido às taxas de juro mais altas e às sanções a Moscovo.

Exportações para a Rússia atingiram o valor mais baixo desde 2004, mas a posição relativa da Rússia no “ranking” de clientes nacionais melhorou.
Maxim Shemetov/Reuters
Negócios jng@negocios.pt 29 de Abril de 2024 às 12:22
O Kremlin recebeu dos bancos ocidentais que mantêm operações na Rússia mais de 800 milhões de euros em taxas no ano passado. O valor, que é hoje noticiado pelo Financial Times, é quatro vezes superior ao pago em 2021 (200 milhões), antes do início da guerra.

A subida resulta de um melhor desempenho económico dos sete maiores bancos europeus por ativos na Rússia (o Raiffeisen Bank International, o UniCredit, o ING, o Commerzbank, o Deutsche Bank, o Intesa Sanpaolo e o OTP), que em conjunto reportaram lucros de mais de 3 mil milhões no ano passado. 

Também este valor foi três vezes mais do que o registado em 2021, sendo em parte justificado por fundos que os bancos não podem retirar do país. Para o aumento dos lucros contribuíram as taxas de juro mais elevadas e sanções impostas a Moscovo. A União Europeia, por exemplo, proibiu determinados bancos russos de aceder ao sistema de transações financeiras SWIFT.

Apesar de várias empresas europeias e de outras regiões terem cessado as operações na Rússia após a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, o caso sinaliza como as companhias estrangeiras continuam a ser uma fonte de financiamento para o Kremlin.





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