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Trump ameaça alargar tarifas a todos os bens chineses se encontro com Jinping falhar
O presidente norte-americano reiterou a possibilidade de aplicar tarifas sobre todos os bens importados da China, não excluindo os iPhones e computadores produzidos pela Apple, apenas a alguns dias do encontro com o líder da China.
O presidente norte-americano, Donald Trump, reiterou em entrevista ao The Wall Street Journal que irá avançar com os planos de aumentar as tarifas actualmente impostas em cerca de 200 mil milhões de bens chineses e indicou que iria aplicar novas tarifas sobre as restantes importações provenientes da China caso o próximo encontro com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, não permita chegar a um acordo.
Os presidentes das duas maiores economias do mundo vão encontrar-se dentro de três dias, na conferência do G20, na Argentina. "Se não fecharmos um acordo, vou aplicar tarifas aos 267 mil milhões adicionais", com taxas de 10 ou 25%, revelou Trump. Paralelamente, considerou "muito improvável" que cedesse a possíveis pedidos da parte da China para não avançar com o aumento das taxas de importação em vigor, previsto para Janeiro.
Trump admitiu que os produtos bandeira da Apple, os iPhones e os computador iMac, podiam ser afectados pela nova tranche de tarifas, mas ressalvou que os americanos poderiam lidar com uma taxa de 10% "muito facilmente". O conselho que Trump deixou às empresas americanas foi o de construir fábricas nos EUA e passar a produzir mais internamente.
"O único acordo é a China abrir o país à concorrência dos Estados Unidos. Os outros países estão por sua conta", afirmou Trump, acerca das exigências que irá apresentar a Jinping.
Em Setembro, a administração de Trump aumentou a fasquia do conflito comercial com a China ao impor uma tarifa de 10% sobre 200 mil milhões de bens chineses, e avisou que esta taxa aumentaria para 25% em Janeiro.