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Abertura dos mercados: Retórica de Trump penaliza bolsas. Brent volta a baixar os 60 dólares
As bolsas europeias estão a ser penalizadas pelas ameaças de Trump de impor novas tarifas sobre todos os bens chineses. O petróleo também segue no vermelho, e os juros portugueses estão em mínimos de três semanas.
Os mercados em números
PSI-20 desce 0,20% para 4.850,84 pontos
Stoxx 600 perde 0,15% para 357,80 pontos
Nikkei valorizou 0,64% para 21.952,40 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos caem 1,6 pontos para 1,870%
Euro recua 0,10% para 1,1317 dólares
Petróleo em Londres recua 0,93% para 59,92 dólares o barril
Ameaças de Trump penalizam bolsas
Depois de terem iniciado a sessão em terreno positivo, as bolsas europeias inverteram a tendência, seguindo no vermelho, juntamente com os futuros dos Estados Unidos. A ditar este pessimismo estão as ameaças de Donald Trump que, a poucos dias do encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, voltou a ameaçar impor tarifas sobre todos os bens chineses assim como aumentar as taxas já em vigor, de 10% para 25%.
A contribuir para as perdas estão também os preços do petróleo, que seguem em baixa nos mercados internacionais, penalizando as cotadas da energia e o sector mineiro, os sectores que mais pesam no desempenho do índice de referência para a Europa, o Stoxx600, que desce, nesta altura, 0,15% para 357,80 pontos.
Em Lisboa, o PSI-20 cai 0,20% para 4.850,84 pontos, pressionado sobretudo pelo BCP, que perde 1,37% para 23,83 cêntimos.
Juros portugueses em mínimos de três semanas
Os juros da dívida portuguesa a dez anos estão a cair pela sexta sessão consecutiva e a negociar no valor mais baixo desde 7 de Novembro. Nesta altura, a yield recua 1,6 pontos para 1,870%.
O alívio estende-se à generalidade dos países do euro, com os juros de Itália a descerem 2,2 pontos para 3,246%, depois de o Governo transalpino ter decidido ontem não alterar, para já, a meta do défice, estando a aguardar uma análise mais aprofundada aos custos das medidas contidas no Orçamento para o próximo ano. No entanto, o Executivo não exclui essa possibilidade, e a imprensa italiana adianta mesmo que a meta será reduzida de 2,4% para 2,2% do PIB.
Na Alemanha, os juros recuam 2,3 pontos para 0,338% e em Espanha descem 1,9 pontos para1,544%.
Dólar sobe pela quarta sessão
A moeda norte-americana está a subir pela quarta sessão consecutiva, antes do discurso do presidente da Fed, Jerome Powell, agendado para quarta-feira, que poderá dar mais pistas sobre o rumo da política monetária nos Estados Unidos. Além disso, os investidores aguardam pela divulgação das actas da última reunião do banco central norte-americano.
O dólar sobe 0,17% em relação às principais divisas mundiais, ao passo que o euro desce 0,10% para1,1317 dólares.
Petróleo volta pra terreno negativo
Depois de ter registado ontem a maior subida em quase dois meses, o petróleo voltou para terreno negativo, numa altura em que os produtores da OPEP se preparam para discutir os cortes na produção, numa reunião em Viena, no início do próximo mês.
Em Nova Iorque, o WTI cai 1,12% para 51,05 dólares, enquanto em Londres o Brent desce 0,93% para59,92 dólares.
Ouro pouco alterado à espera da Fed
Com o dólar em alta, o ouro segue em baixa ligeira, antes da divulgação das actas da Fed e do discurso do seu presidente, Jerome Powell. O metal amarelo cai 0,12% para 1.220,99 dólares, enquanto a prata segue inalterada em 14,2269 dólares.